Projeção

XP enxerga Ibovespa a 155 mil pontos em 12 meses

Raio XP de setembro adota uma postura mais cautelosa, mas ainda aponta razões para otimismo

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XP / Foto: Divulgação

A XP Investimentos (XPBR31) revisou sua projeção para o índice Ibovespa, elevando o alvo para 155 mil pontos nos próximos 12 meses, em comparação à previsão anterior, que era até o final deste ano.

Segundo relatório divulgado nesta semana, o Raio XP de setembro adota uma postura mais cautelosa, mas ainda aponta razões para otimismo, especialmente devido à possibilidade de cortes nas taxas de juros nos EUA.

“Com a forte alta da Bolsa nos últimos dois meses, uma leve revisão para baixo do lucro por ação pelo consenso e expectativas de um ciclo de alta de juros, questionamos até onde essa alta pode ir”, destaca a XP.

Eleições americanas e bolsa brasileira

De acordo com os analistas Fernando Ferreira, Jennie Li, Júlia Aquino e Felipe Veiga, embora as eleições nos EUA possam trazer volatilidade, dados históricos mostram que o impacto sobre a bolsa brasileira tende a ser limitado.

“Historicamente, em comparação com o S&P 500, o Ibovespa e os mercados emergentes tiveram uma queda mais forte até o dia da eleição, mas também se recuperaram mais rapidamente. Atribuímos esses retornos principalmente a mudanças no apetite ao risco impulsionadas pelos eventos idiossincráticos relacionados a cada ciclo eleitoral”, reforçam os especialistas.

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XP avalia setores atingidos

A XP também analisou os possíveis impactos de um ciclo de alta nos juros no Brasil, destacando a preocupação com potenciais mudanças nos fluxos de capital.

Com base em um estudo dos ciclos de juros dos últimos vinte anos, a corretora concluiu que alguns setores tendem a ter um desempenho superior ao mercado durante períodos de aumento de juros, como bancos, instituições financeiras, óleo, gás, petroquímicos, e empresas de energia e saneamento.

Por outro lado, setores como educação, papel e celulose, e o mercado imobiliário costumam ser mais afetados negativamente.

“À medida que os mercados começam a precificar futuras altas na taxa Selic, nossa análise sugere que os setores com um desempenho acima da média são aqueles que também consideramos os mais defensivos: bancos, instituições financeiras e elétricas e saneamento”, concluem os especialistas da XP, que recordam que os três têm superado o benchmark desde maio.