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XP: gestores dizem que valorização do Ibovespa segue no 2T25

A XP destacou três principais razões para manter uma visão positiva em relação ao mercado de ações brasileiro nos próximos meses

Foto: Ibovespa/CanvaPro
Foto: Ibovespa/CanvaPro

Apesar da alta registrada no primeiro semestre do ano, investidores institucionais seguem confiantes em mais valorização para o Ibovespa. Entre os motivos para o otimismo dos gestores estão a contínua procura de investidores estrangeiros por mercados alternativos aos EUA, além de fatores políticos e macroeconômicos.

A XP destacou três principais razões para manter uma visão positiva em relação ao mercado de ações brasileiro nos próximos meses:

  1. A expectativa de que o movimento de rotação de investidores para mercados fora dos EUA continue no segundo semestre;
  2. A perspectiva de um ciclo de queda nos juros e na inflação;
  3. O chamado trade eleitoral, típico do período que antecede as eleições brasileiras.

Apesar de previsões iniciais apontarem para uma alta do dólar no primeiro semestre de 2025, a moeda norte-americana seguiu na direção oposta e acumulou uma desvalorização de cerca de 12%. Segundo Fernando Ferreira, estrategista-chefe e head de research da XP, esse enfraquecimento do dólar surpreendeu o mercado, embora parte da explicação esteja na volatilidade causada pela gestão Trump.

Essa desvalorização foi um dos fatores que favoreceram a melhora do mercado de ações brasileiro e de outros países da América Latina no período. “Tivemos um final de ano muito negativo para o preço dos ativos no Brasil. A percepção que temos não é de que agora o mercado vá reverter para a média e anular esse movimento de alta”, afirmou Rogério Poppe, gerente de portfólio da ARX Investimentos, ao InfoMoney.

Para o especialista, o desempenho negativo no fim de 2024 somado aos efeitos da política comercial da gestão Trump contribuiu para esse cenário de retomada. “A verdade é que tivemos um movimento muito negativo no final do ano passado, então acabamos tendo esse respiro, essa reversão”, acrescentou Poppe.

Impacto da desvalorização do dólar

Ele também destacou que a forte desvalorização do dólar no fim de 2024, somada às medidas protecionistas de Trump, impulsionou uma migração de capital dos EUA para países emergentes, beneficiando diretamente os ativos brasileiros.