Ao analisar os desempenhos dos setores de mineração, siderurgia e papel e celulose, deste ano, destacados pelo bom desempenho, a XP Investimentos projeta que próximo ano será um cenário de maior firmeza para estes setores.
Em suas previsões, a XP acredita que o ano de 2022 será marcado por preços moderados e menor risco de queda, em uma realidade de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global ainda forte, política expansionista e aumento dos custos.
No setor siderúrgico, que teve uma geração de caixas recordes em 2021 impulsionados pelos altos preços, a corretora acredita que a demanda no Brasil se beneficie de uma recuperação gradual, liderada pelo setor de construção. Segundo a XP, os aços longos manterão o bom desempenho, enquanto os aços planos serão pressionados pela escassez de semicondutores.
Para o minério de ferro, os analistas esperam que os preços se mantenham nos níveis atuais em meio à demanda de aço estável na China em comparação a 2021. A corretora destaca que as compras de minério de ferro pela China devem começar a se normalizar após as Olimpíadas de Inverno.
Na direção oposta da expectativa do mercado, sobre o setor de celulose e de fibra curta na China, que acreditam ter risco de quedas, a XP vê potencial de aumento dos preços e surpreender o mercado.
A curvas de start-up e rampup abaixo do esperado, juntamente com fechamentos de capacidade não antecipadas; a demanda ainda saudável, impulsionada pelo crescimento do PIB; a restrições de oferta afetando produtores de celulose que dependem da importação de cavacos de madeira; e a elevação da curva de custo marginal, são alguns motivos que fizeram a corretora ter uma ótica positiva sobre o setor.
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