Para XP (XPBR31), investir em dividendos ainda vale a pena

Investimento é propício mesmo após 2021 com retornos altos em ações pagadoras do ativo

Analistas da XP Investimentos (XPBR31) apontam que o momento atual ainda é propício para investimentos em dividendos, mesmo após um 2021 com retornos altos em ações pagadoras do ativo. 

Segundo o levantamento, ao calcular o desempenho baseado na variação do preço do papel e as distribuições de dividendos, ações como da Petrobras (PETR4) deram um retorno total de 286% nos últimos cinco anos.

Ainda, a Taxa de Juros DI (Depósito Interbancário) acumulada teve um retorno total de 33,8% no mesmo período.

Os especialistas Fernando Ferreira, Jennie Li e Rebecca Nossig, que assinam relatório, apontam que investimentos em Bolsa continuam oferecendo boas oportunidades no cenário atual. “Em particular, ações pagadoras de dividendos seguem sendo atrativas olhando para seus ganhos acumulados ao longo do tempo”, dizem.

As outras empresas que constam no levantamento da XP mostram yields menores do que a Petrobras, mas ainda altos no comparativo com o restante da Bolsa. A Copel (CPLE6) soma yield de 17%, ao passo que a BrasilAgro (AGRO3) soma 15%. A Engie (EGIE3), no entanto, fica com o menor dividend yield, somando 5,6%.

XP indica ações preferidas para 2023

Fernando Ferreira, estrategista-chefe e head de research, e Jennie Li, estrategista de ações, ambos da XP (XPBR31), afirmam que o mercado brasileiro está descontado, em níveis que não eram vistos desde 2008. Os especialistas indicam as principais ações para alocar na carteira nessa reta final de ano e se preparar para 2023. JBS (JBSS3), Ambev (ABEV3), Weg (WEGE3), Vale (VALE3), Petrobras (PETR4), Klabin (KLBN11), Multiplan (MULT3) e Assaí (ASAI3) aparecem entre as indicações. 

Considerando as oportunidades, mas também os riscos fiscais e políticos no radar, Ferreira e Li aconselham, no  relatório “Contagem Regressiva para 2023: As oportunidades geradas na incerteza e como aproveitá-las”, da XP, optar por ações de qualidade, risco baixo e valor, que tenham um crescimento menos correlacionado ao ambiente macro e múltiplos atrativos.

“As empresas apresentam hoje pouco risco, baixos níveis de dívidas em relação ao passado e potencial de bom pagamentos de dividendos”, destacam os especialistas da XP.