Análise

XP (XPBR31) não terá um ano fácil em 2025, diz Citi

O banco norte-americano tem recomendação de compra para as ações da XP (XPBR31), com preço-alvo de US$ 18,00

Foto: Freepik
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Na avaliação do banco norte-americano Citi, os resultados financeiros da XP (XPBR31) no quarto trimestre divulgados na terça-feira (18) mostram resiliência. Com isso, os analistas preveem crescimento de 10% no lucro líquido em 2025, apesar de esperar um ano difícil para a companhia.

A equipe do Citi destacou que o lucro líquido de R$ 1,210 bilhão no quarto trimestre, que cresceu 16% na comparação anual e de 2% na comparação trimestral, veio em linha com o consenso do mercado, mas 2% acima da estimativa do Citi.

Enquanto isso, a receita do varejo da XP também foi equivalente ao que o Citi previa. Já as receitas de serviços ao emissor e corporativo ficaram ligeiramente acima do esperado, segundo o “E-Investidor”.

“Apesar da perspectiva macroeconômica desafiadora vista no final do quarto trimestre, a XP foi capaz de sustentar uma take rate (valor que incide sobre cada transação) anualizada estável e um ingresso líquido de varejo decente de R$ 20 bilhões, sugerindo resiliência de resultados”, avaliaram os analistas Gustavo Schroden, Arnon Shirazi e Brian Flores, em relatório.

“Embora não acreditemos que 2025 será um ano fácil para a XP, prevemos uma expansão de 10% no lucro líquido, implicando em uma relação preço lucro (P/L) do papel de 10 vezes”, completaram. 

Em paralelo a isso, o Citi espera que o crescimento do lucro por ação da XP provavelmente excederá a expansão dos lucros, dadas as oportunidades de recompra.

Nesse cenário, o banco tem recomendação de compra para as ações da XP (XPBR31), com preço-alvo de US$ 18,00, o que significa um potencial de alta de 19,8% ante o fechamento desta terça-feira.

XP (XPBR31): UBS BB e BTG mantêm compra após resultados do 4TRI

Os resultados do quarto trimestre da XP Inc. (XPBR31), reportados na terça-feira (19), vieram muito próximos das estimativas do BTG Pactual, do UBS BB e do consenso de mercado. A recomendação de ambos os bancos é de compra para a ação, que é negociada na Nasdaq. 

Nos últimos três meses do ano passado, a receita líquida da XP atingiu R$ 4,49 bilhões, crescimento anual de 11%, e o lucro líquido foi de R$ 1,21 bilhão, alta anual de 16%, 1% acima das projeções do mercado.

Outro aumento anual de 30% foi registrado no EBT – lucro antes das taxas – que chegou a R$ 1,289 bilhão. A margem EBT avançou mais 4 pontos percentuais na mesma base de comparação, para 28,7%. No ano fechado, o EBT da XP foi de R$ 4,974 bilhões, com alta de 26% e margem de 29,1%.

Ao passo que o ROE (retorno sobre patrimônio líquido) ajustado foi de 23,4%, com crescimento anual de 2,3 pontos percentuais, a captação líquida fechou o período em R$ 20 bilhões, o que parece ser um “novo normal”, segundo o “InfoMoney”.

A expectativa do CEO da XP, Thiago Maffra, é que a tendência continue em 2025, conforme destacado em sua carta aos acionistas, divulgada junto com os resultados.

Maffra também reforçou o compromisso da XP com o guidance para 2026, durante a apresentação, destacando que a empresa deve crescer a receita líquida acima de 10% em 2025, apesar de uma desaceleração na atividade de DCM (mercado de crédito), que atingiu níveis recordes em 2024.