Captação de alunos

Yduqs (YDUQ3): demanda está fraca por falta de dinheiro, aponta presidente

“As pessoas estão sem dinheiro”, disse Eduardo Parente, presidente da companhia dona da faculdade Estácio

Yduqs
Yduqs (YDUQ3) (Foto: Divulgação)

Apesar do processo de captação de matrículas para o segundo semestre estar fraco, o presidente da Yduqs (YDUQ3), Eduardo Parente, disse que não que a empresa não aumentará esforços com marketing. “As pessoas estão sem dinheiro”, afirmou ele.

A principal fraqueza tem sido nos cursos de ensino a distância, devido a questões macroeconômicas. “Não vamos aumentar esforços de marketing ou DIS [parcelamento de mensalidade] porque há um problema de mercados”, disse Parente.

Para ele nõa há competição acirrada com os grupos baixando os preços. Mesmo nesse quadro, o presidente da Yduqs destacou que as estimativas de expansão estão mantidas, de acordo com o “Valor”. 

A previsão da companhia é de um crescimento médio por ano de receita operacional líquida e Ebitda ajustado entre 5% e 9% entre 2024 e 2029.

A receita dos cursos presenciais teve queda de 12,5% no segundo trimestre, ao passo que a receita do digital teve queda de 3,5%. Mesmo assim, a receita líquida total ajustada subiu 1% para R$ 1,3 bilhão.

Por conta das enchentes no Rio Grande do Sul em abril, as mensalidades tiveram isenção no valor de R$ 5,3 milhões, o que gerou ajustes. 

Além disso, houve multas por devolução de imóveis de R$ 2,7 milhões e por antecipação de pagamento de debêntures, bem como a remuneração variável aos funcionários que influenciaram a linha do Ebitda – lucro antes de juros, depreciação e amortização.

O lucro líquido da Yduqs caiu 22,5% para R$ 24,8 milhões no 2TRI24. As ações da YDUQ3 derrapavam 2,99% a R$ 10,38, por volta das 15h41 (horário de Brasília).

Yduqs (YDUQ3): Citi rebaixa recomendação para “neutra”

Citigroup rebaixou a recomendação das ações da Yduqs (YDUQ3), dona da Estácio, de “compra” para “neutra” e reduziu o preço-alvo dos papéis de R$ 20 para R$ 14.

Entre os argumentos elencados para a regressão, o Citi destacou a perspectiva de desaceleração da receita, conforme relatório enviado a clientes nesta quarta-feira (29).

Os analistas também citaram aumento de inadimplência e despesas de marketing, além de perspectivas de fluxo de caixa mais fracos. Na mesma linha, o Citi reduziu a estimativa de lucro para 2024 e 2025 em 16%.

O time cita que, com o atual nível de preços, o valuation das ações continua atrativo no longo prazo, mas ressaltam como fatores que apoiam o corte na recomendação a falta de catalisadores no curto prazo, a assimetria regulatória negativa e o risco negativo para projeções de lucros fluxo de caixa.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile