Dona do Burger King

Zamp (ZAMP3) compra Starbucks do Brasil por R$ 120 mi

A SouthRock, que operava a rede de cafeterias no Brasil, pediu recuperação judicial no final do ano passado

Starbucks
Foto: Pixabay

A Zamp (ZAMP3), dona das redes de fast-food Burger King e Popeys, anunciou, nesta quinta-feira (6), a aquisição das operações brasileiras do Starbucks por R$ 120 milhões.

A SouthRock, que operava a rede de cafeterias no Brasil, pediu recuperação judicial no final do ano passado.

Em comunicado ao mercado, a Zamp (ZAMP3) informou que o preço de R$ 120 milhões está sujeito a ajustes, para refletir termos como a quantidade de lojas efetivamente adquirida, bem como o nível de estoque na data de fechamento do negócio.

“A consumação da operação  está sujeita a determinadas condições suspensivas, dentre elas a autorização judicial no âmbito da recuperação judicial da SouthRock, na forma da lei, a aprovação da operação pelo CADE e a celebração de
contratos definitivos com a Starbucks Corporation na qualidade de titular da marca “Starbucks”, além de outras usuais em operações dessa natureza”, disse a empresa.

Zamp (ZAMP3): Fitch vê riscos com aquisição de ativos do Starbucks

A nota de crédito nacional “AA (bra)” da Zamp (ZAMP3) — operadora das franquias Burger King e Popeyes no Brasil — pode ser pressionada caso ela conclua a aquisição das operações do Starbucks (SBUB34) com financiamento por meio de dívidas, afirmou a Fitch Ratings.

Analistas da agência de classificação de risco, Renato Donatti e Pedro Gonzalez, afirmaram que, na atual classificação, não há espaço para a elevação da alavancagem da Zamp (ZAMP3). Com isso, uma transação dessa natureza pode trazer necessidades adicionais de caixa.

“Apesar da limitada visibilidade em relação aos ativos a serem adquiridos, ao valor de aquisição, à forma e ao prazo de pagamento, a Fitch vê riscos adicionais em relação à necessidade de capital de giro”, declarou a agência, de acordo com o “Valor”.

Ainda que a aquisição seja concluída através da troca de ações, o movimento não elimina os riscos de incertezas e de execução em relação à capacidade de reestruturação dos ativos do Starbucks no Brasil. A Fitch acrescentou que, no longo prazo, caso a operação seja bem-sucedida, o negócio é positivo.