Zig capta R$ 110 mi para antever o consumo em bares e festivais

A Zig, startup especializada em sistema de pagamentos via cartão pré-pago, tem simplificado a experiência de compra de bebidas e petiscos em eventos como o Lollapalooza, Rock in Rio, Primavera Sound, além de casas noturnas e bares no Brasil.

Isso é possível através de um cartão ou pulseira com chip pré-pago, que ajuda a reduzir o tempo de espera nas filas.

A empresa está buscando expandir suas operações e tecnologia para novos produtos e regiões, e recentemente levantou R$ 110 milhões em uma rodada de investimento com os fundos Cloud9, Across Capital e Endeavor.

Grande parte do investimento será direcionada para as verticais de dados e CRM. A plataforma já está aplicando inteligência artificial e machine learning proprietárias para gerar relatórios e insights estratégicos para os mais de mil estabelecimentos atendidos no mercado brasileiro.

“Temos promovido hackatons internos para criar outras funcionalidades, das mais simples, como montar o cardápio com base na demanda, até coisas mais sofisticadas, como segmentar cliente de forma inteligente”, diz Nérope Bulgarelli, cofundador da Zig.

“A gente já chegou a mudar horário de artista no palco, de acordo com o que seu público mais consome. Tem todo uma análise que antes não era feita”, emenda Bruno Lindoso, também cofundador, que comanda a operação internacional.

Solução da Zig

A solução da Zig está ganhando destaque em outros mercados. Além de fechar um contrato para atender ao catering do estádio do Benfica, em Portugal, a startup expandiu suas operações para a Espanha e o México, onde mantém escritórios para cuidar da manutenção do hardware.

A empresa também está atuando em outros grandes eventos na Europa. Com um total de 500 colaboradores e 25 hubs físicos em todo o mundo, a Zig realizou cinco mil eventos em 2023 e projeta uma expansão internacional ainda maior no futuro.

Os fundadores afirmam que o aumento da demanda pela solução está relacionado ao ganho de eficiência que ela proporciona.

Ao longo do tempo, a startup conseguiu reduzir os custos para os clientes em 10%, enquanto aumenta a receita em 40%, por meio de soluções como previsão de demanda e estratégias para estimular o consumo. Além disso, os estabelecimentos contratantes relatam uma melhoria na percepção da experiência do consumidor.

Em 2021, a Zig recebeu um investimento de R$ 40 milhões dos empresários Edgard e Diogo Corona, da rede de academias SmartFit, e de Ricardo Goldfarb, da família que controla a Lojas Marisa. Desde então, a startup tem se concentrado em aumentar sua escala, gerar caixa e profissionalizar sua equipe.

A estrutura atual da operação resultou da fusão entre a então ZigPay e a NetPDV. Além disso, novas fusões e aquisições estão sendo consideradas, especialmente nos setores de ingressos e dados.