O Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) informou, nesta quinta-feira (11), que a inflação ao consumidor do mês de julho na Argentina foi de 7,4%, a maior taxa mensal em 20 anos.
Nos últimos 12 meses, o país acumula uma alta de 71% e, segundo analistas, o índice de 2022 deve passar de 90%. O patamar atual coloca a inflação argentina entre as mais altas do mundo.
Os analistas também acreditam na possibilidade da taxa chegar a três dígitos, já que o governo de Alberto Fernández tem tido dificuldade para acertar as medidas logo após fazer mudanças no Ministério da Economia.
O acúmulo da inflação
Desde o início do ano, a taxa de inflação está acumulada em 46,2%. Tudo isso indica que o país tem o desafio de cumprir as metas do acordo de US$ 44,5 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê inflação anual inferior a 50% e foi firmado em março.
A principal consequência da alta na inflação é o aumento nos preços dos alimentos, que consequentemente aumenta a taxa de pobreza, atualmente correspondente a 40%, da população. Essa taxa corresponde a cerca de 47 milhões de habitantes.