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Argentina irá congelar preços de 1.500 itens

O país anunciou na sexta-feira (11) seu programa de congelamento de preços

A Argentina irá congelar os preços de 1.500 produtos considerados essenciais à população. O país anunciou na sexta-feira (11) seu programa de congelamento de preços, em acordo firmado com supermercados e fornecedores de bens de consumo. 

A medida tem como objetivo frear os impactos da inflação no país, que deve terminar este ano com índice na casa dos 100%. Tal cenário vem enfraquecendo o governo de Alberto Fernández.

Segundo o Ministério da Economia, o novo programa, chamado “Preços Justos”, que tem a previsão de durar quatro meses, vai ajudar a estabilizar os preços dos produtos em favor do consumidor. Pelas regras do programa, uma parcela dos itens sofrerá aumento de 4% antes do congelamento. Já outra parte iniciará o programa nos valores atuais, podendo sofrer aumentos de até 4% ao mês. 

Para evitar o aumento dos preços, o governo da Argentina irá criar um aplicativo para que os argentinos possam denunciar aumentos abusivos. Além disso, a população poderá digitalizar o código de barras do item que desrespeitar a nova regra.

BC da Argentina mantém juros básico e barra ciclo de altas 

Em outubro, o Banco Central da República Argentina (BCRA) manteve os juros básicos no país em 69,5%. Desta forma, a entidade monetária encerrou um ciclo de elevações na taxa referencial que durava desde janeiro deste ano, quando o juro básico subiu de 38% a 40%.

A decisão foi tomada após considerar que o aumento anual de 5,5% no núcleo do índice de preços ao consumidor em setembro sinalizou “progresso” na luta contra a hiperinflação. 

Segundo comunicado, divulgado pelo BCRA, o Banco considera que a taxa de referência contribuiu para consolidar a estabilidade financeira e cambial na Argentina, e seguirá “monitorando a evolução dos preços” em meio à normalização monetária local.

Ainda, a nota aponta que o comitê da entidade “presta atenção especial à evolução passada e perspectiva do nível geral de preços e à dinâmica do mercado cambial”.

Além disso, uma coordenação do Ministério da Economia da Argentina para que os juros básicos “apresentem uma relação razoável” com os rendimentos de títulos do Tesouro Argentino também influenciaram na decisão do BCRA, segundo o comunicado do órgão.