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Avião de líder do Grupo Wagner cai e mata todos a bordo

Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário Wagner, protagonizou recentemente um motim contra a cúpula militar da Rússia

O líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, que protagonizou um motim contra a cúpula militar da Rússia, estava na lista de passageiros de um jato executivo que caiu perto de Tver, na Rússia. Todas as dez pessoas a bordo morreram. As informações são da agência “Tass”, que é ligada ao governo russo.

Até o momento, oito corpos foram encontrados no local da queda, de acordo com a agência russa “RIA”.

O acidente ocorreu na noite (fuso horário russo) desta quarta-feira (23) na rota que o jato de fabricação brasileira Embraer Legacy 600 fazia entre Moscou e São Petersburgo, um dia depois de Prigozhin reaparecer em suas redes sociais com um vídeo que teria sido gravado durante as operações do Wagner na África.

O avião detinha a matrícula RA-02785, e desde 2019 estava sob sanção dos EUA por ser considerado de propriedade do líder do grupo Wagner, que era um aliado próximo de Putin. Por volta das 15:30 (de Brasília), as ações da Embraer (EMBR3) avançavam 1,78%, cotadas a R$ 19,47.

Putin chamou rebelião de mercenários de “facada nas costas”

Em 24 de junho, durante o motim do Grupo Wagner, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou a afirmar que a rebelião de mercenários foi uma “facada nas costas” e prometeu punir quem trair as Forças Armadas do país.

O pronunciamento de Putin ocorreu horas depois de que o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, afirmou que quer depor o comando militar da Rússia. Em 23 de junho, os mercenários haviam tomado o controle da cidade Rostov-on-Don e ameaçaram avançar para Moscou.

Durante a declaração, o presidente russo disse que a resposta à rebelião será dura e que todos os que tomaram parte no motim serão punidos. Segundo Putin, todas as Forças Armadas da Rússia já receberam todas as ordens necessárias.

“É um golpe para a Rússia, para o nosso povo. E nossas ações para defender a Pátria contra tal ameaça serão duras”, pontuou.

“Todos aqueles que deliberadamente pisaram no caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada, que seguiram o caminho da chantagem e métodos terroristas, sofrerão punição inevitável, responderão tanto à lei quanto ao nosso povo”, acrescentou Putin.