Os membros do conselho do BCE (Banco Central Europeu) anunciaram uma reunião emergencial para esta quarta-feira (15).
Em ocasião rara, a assembleia do BCE acontece em meio ao crescimento exponencial de empréstimos e do constante temor dos acionistas sobre um possível aumento na taxa básica de juros.
A reunião convocada pelos membros do conselho da instituição monetária servirá como resposta às turbulências vividas na região, principalmente após a alta acentuada dos rendimentos de títulos emitidos por países como Itália e Grécia, considerados com a economia menos potente no continente.
A atual situação europeia também é consequência de diversos outros dados desanimadores para a economia da região.
Na Alemanha, por exemplo, as encomendas à indústria tiveram queda de 2,7% entre os meses de março e abril deste ano, resultado muito contrário ao esperado pelos acionistas, que previam a alta de 0,5%, de acordo com o divulgado pela Destatis, agência de estatística alemã
Ao mesmo tempo, foi divulgado o PMI (Índice de Gerentes de Compras) do Reino Unido, que apresentou queda de 58,9% para 53,4% no mês de maio, menor marca desde janeiro de 2021.
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O anúncio da reunião já teve reflexos na economia europeia, em que o euro subiu mais de 0,5%, em 1,0487 ante o dólar. Ademais, os rendimentos italianos também caíram em 0,22%.
A reunião foi anunciada para a agência de notícias francesa AFP (Agence France-Presse). “O Conselho do BCE terá uma reunião ad-hoc na quarta-feira para discutir as condições atuais do mercado”, informou um porta-voz do BCE.
Decisão do BCE sobre aumento de empréstimos pode ter ultimato nessa “super quarta”
De acordo com informações da “Reuters”, as autoridades do Banco Central Europeu ainda não concluíram a canalização de nenhum reinvestimento de títulos que estão próximos de seus vencimentos.
Logo, a ação que poderia aliviar a situação Itália e de outros país ainda não foi concluída, mas muito provavelmente será discutida na reunião emergencial convocada nesta manhã.
O conselho do BCE, que já está acontecendo, também marca a “super quarta” que conta ainda com as decisões de políticas monetárias do FED (Federal Reserve, banco central norte-americano) e do Copom (Comitê Político Monetário), autoridade brasileira, que acontecerão nesta tarde.
