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Banco Mundial reduz previsão para o PIB global e fala em “estagflação”

A guerra na Ucrânia, lockdowns na China e interrupções na cadeia de suprimentos estão prejudicando o crescimento

O Banco Mundial reduziu a previsão da expansão do PIB (Produto Interno Bruto) global em 2022 de 4,1%, projetado em janeiro, para 2,9%. De acordo com o relatório “Prospectos Econômicos Globais”, divulgado nesta terça-feira (7), a economia mundial também enfrenta crescentes riscos de estagflação, ou seja, um período prolongado de crescimento econômico lento combinado com alta inflação. 

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O relatório também aponta redução da estimativa para avanço da atividade global no ano que vem, de 3,2% para 3%. Para 2024, a expectativa também é de alta de 3%. O conflito entre Ucrânia e Rússia e a pandemia de coronavírus estão entre as causas para a redução. 

“A guerra na Ucrânia, lockdowns na China, interrupções na cadeia de suprimentos e o risco de estagflação estão prejudicando o crescimento. Para muitos países, a recessão será difícil de evitar”, afirmou David Malpass, presidente do Grupo Banco Mundial. 

O banco estima que os danos causados pela pandemia e pelos conflitos geopolíticos devem afetar a renda per capita nas economias em desenvolvimento, que este ano ficará cerca de 5% abaixo do registrado no pré-pandemia. 

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A também instituição faz um alerta de que a alta inflação pode causar uma desaceleração acentuada na economia global, e, consequentemente, ocasionar crises financeiras em mercados emergentes. 

Inflação e investimento baixo devem limitar crescimento do PIB brasileiro

De acordo com o relatório do Banco Mundial, o PIB brasileiro deve crescer 1,5% este ano, enquanto a alta esperada para o ano que vem é de 0,8%. Trata-se de metade da alta esperada para a América Latina, de 1,9%. Considerando os países da América Latina e o Caribe, o Brasil só deve crescer mais que o Haiti (-0,4) e o Paraguai (0,7%).

Assim, segundo o Banco Mundial, o crescimento do PIB brasileiro, tanto em 2022 quanto em 2023, deve ser menor do que a expectativa para o PIB do México e da Argentina. Em 2022, a alta esperada para os dois países é de 1,7% e 1,9%, enquanto a expectativa para 2023 é de 4,5% e 2,5%.

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