Federal Reserve

Bancos Centrais se preocupam com pressão de Trump sobre Powell

Frustrado pelas proteções legais concedidas à liderança do Fed, Trump tem intensificado a pressão sobre Jerome Powell para que renuncie

Jerome Powell, o presidente do Fed (Foto: Divulgação)
Jerome Powell, o presidente do Fed (Foto: Divulgação)

Autoridades de Bancos Centrais reunidas em um resort montanhoso nos EUA, no fim de semana, começaram a demonstrar temor de que a tempestade política em torno do Fed (Federal Reserve) possa acabar respingando em outras instituições.

Os esforços do presidente dos EUA, Donald Trump, para moldar o Fed a seu gosto e pressioná-lo a cortar os juros levantaram dúvidas sobre a capacidade da autarquia de preservar sua independência e sua credibilidade no combate à inflação.

Frustrado pelas proteções legais concedidas à liderança do Fed — como os mandatos longos dos membros do Conselho de Governadores, desenhados para se sobrepor ao período de qualquer presidente em exercício — Trump tem intensificado a pressão sobre Jerome Powell para que renuncie e tenta destituir a governadora Lisa Cook.

Se o banco central mais poderoso do mundo ceder a essa pressão, ou se Trump encontrar uma forma de remover seus membros, um precedente perigoso poderá ser aberto da Europa ao Japão, onde a independência da política monetária, consolidada ao longo de décadas, pode passar a ser alvo de pressões políticas.

“Os ataques politicamente motivados ao Fed têm um impacto espiritual no resto do mundo, incluindo a Europa”, afirmou Olli Rehn, formulador de políticas do Banco Central Europeu (Finlândia), à margem do simpósio anual do Fed em Jackson Hole, Wyoming, segundo o MoneyTimes.

Nesse contexto, Rehn e outros dirigentes manifestaram apoio explícito a Powell, mesmo após ele sinalizar um possível corte de juros em setembro.

Bancos perdem R$ 47 bi com temor da Lei Magnitsky

Os bancos brasileiros registraram perdas significativas nesta quinta-feira (21), acumulando R$ 47 bilhões em apenas três dias. Investidores reagiram rapidamente à incerteza causada pela aplicação da Lei Magnitsky dos EUA, que mira o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Na terça-feira (19), um dia após o ministro Flávio Dino declarar que leis estrangeiras só têm validade no Brasil quando confirmadas pela Justiça nacional, as ações de Itaú Unibanco, BTG, Bradesco, Banco do Brasil e Santander despencaram R$ 41,98 bilhões.