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Banco da China pretende cortar taxas de depósito na segunda-feira

Possíveis cortes ocorrem no contexto da instabilidade econômica com surtos de Covid-19 no país e consequências da guerra na Ucrânia

O Banco da China o Banco de Comunicações, dois grandes bancos estatais chineses, planejam reduzir os tetos de suas taxas de depósito na segunda-feira (25), juntando-se a credores menores, disseram fontes à Reuters.

Os cortes planejados do Banco da China e do Banco de Comunicações ocorrem uma semana depois que reguladores incentivaram bancos menores a reduzir o teto de suas taxas de depósito. As medidas também coincidirão com a redução pela China das taxas de compulsório dos bancos, que entra em vigor na segunda-feira.

Além disso, a possível medida dos bancos estatais ocorre no contexto da instabilidade econômica global, tendo em vista o aumento de infecções de Covid-19 no país, as consequências da guerra na Ucrânia e saídas de capital desencadeadas pelo aperto monetário nos EUA.

De acordo com duas fontes bancárias, o Banco da China reduzirá as taxas para depósitos a prazo de dois a três anos em cerca de 10 pontos-base. Ainda segundo a Reuters, o Banco de Comunicações analisa adotar ajustes semelhantes.

O Banco da China e o Banco de Comunicações não puderam ser imediatamente contatados para comentários fora de seu horário de funcionamento.

Ainda não está claro se outros bancos estatais chineses pretendem seguir o exemplo e, com isso, também promover uma redução em suas taxas de depósito. No entanto, as fontes informaram que os credores estatais normalmente se movem em conjunto no que se refere às alterações nos juros.

O Banco da China o Banco de Comunicações têm conseguido manter suas taxas de empréstimo pelo terceiro mês, mesmo com as injeções de liquidez do Banco Central do país. No entanto, Pequim tem pedido repetidamente aos bancos que reduzam os custos de empréstimos para empresas menores.