O BCE (Banco Central Europeu) continuará aumentando as taxas de juros e as deixará em território restritivo pelo tempo que for necessário para reduzir a inflação à sua meta de 2%, segundo afirmou Christine Lagarde nesta quinta-feira (19).
“Manteremos o rumo até o momento em que tivermos entrado em território restritivo por tempo suficiente para que possamos levar a inflação de volta a 2% em tempo hábil”, disse a presidente do BCE durante um painel de discussão durante o Fórum Econômico Mundial.
Inflação da zona do euro cai para 9,2% em dezembro
De acordo com dados preliminares do Eurostat, escritório de estatísticas da União Europeia, a inflação da zona do euro em dezembro foi menor do que a registrada em novembro, de 10,1%. Dados da agência europeia mostram que o índice de Preços ao Consumidor (CPI, em inglês) desacelerou para 9,2% em dezembro.
Mesmo com o recuo no CPI, os preços na zona do euro continuam nos maiores patamares registrados em décadas.
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O fator principal para a alta inflação na Europa ainda é a energia, embora o grupo tenha apresentado um recuo em dezembro em relação a novembro, segundo a Eurostat. No último mês de 2022, o grupo de energia teve uma alta anual de 25,7% nos preços. No mês imediatamente anterior, essa alta foi de 34,9%. Em outubro, a taxa anual da inflação de energia foi de 41,5%.
Os grupos de alimentos, álcool e tabaco, bens industriais não-energéticos e serviços também registraram alta de preços em dezembro. O primeiro grupo viu os preços subirem 13,8% em dezembro, ante alta de 13,6% em novembro. Já os preços para o grupo de bens industriais não-energéticos avançaram 6,4% no último mês de 2022, contra 6,1% em novembro. Por fim, o grupo de serviços teve alta anual de 4,4% em dezembro, frente a uma alta de 4,2% em novembro.
Inflação na França
Na última quarta-feira (4), o Insee, instituto nacional de estatísticas da França, divulgou que o CPI da França fechou dezembro em alta de 5,9%, ante os 6,2% verificados em novembro.
A queda na inflação também teria ocorrido por conta da moderação dos preços da energia, que saíram de 18,5% anualizados em novembro para 15,1% em dezembro. Os preços dos serviços também recuaram, ajudando no índice inflacionário, saindo de 3,0% para 2,9%.
