Desenvolvimento sustentável

BID e agência criam fundo de US$1 bilhão para América Latina

“Essa iniciativa não apenas catalisará investimentos privados, mas também promoverá o desenvolvimento sustentável", afirmou Ilan Goldfajn

Brasilia DF 28 11 2018 O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn,apresenta os resultados do segundo ano da Agenda BC foto Jose Cruz/Agencia Brasil
Brasilia DF 28 11 2018 O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn,apresenta os resultados do segundo ano da Agenda BC foto Jose Cruz/Agencia Brasil

O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) através de seu braço no setor privado, o BID Invest, vai receber uma contribuição de US$1 bilhão da Agência de Cooperação Internacional do Japão. Os recursos serão usados para a criação de um fundo voltado a empresas para a América Latina e Caribe.

Após três anos, através de um acordo entre as entidades, o fundo poderá ser expandido para até US$1,5 bilhão. Segunfo Ilan Goldfajn, presidente do BID, destaca que essa será o maior fundo nesses moldes para a região. As informações foram apuradas pelo portal Invest.

“Essa iniciativa não apenas catalisará investimentos privados, mas também promoverá o desenvolvimento sustentável, a inovação e o crescimento econômico na América Latina e no Caribe”, afirmou.

Foco em sustentabilidade

O presidente da Agência Japonesa, Akihiko Tanaka, afirma que a agência está comprometida em apoiar o setor privado para solucionar problemas sociais profundamente enraizados na América Latina e no Caribe.

 Ele acrescenta que o investimento contribuirá para reduzir a lacuna de financiamento necessária para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na região. O novo fundo mira em projetos sustentáveis. O BID Invest já apoia iniciativas em áreas como saneamento básico, infraestrutura e concessionárias de serviços essenciais.

Empresas reduzem promessas de sustentabilidade 

Nos últimos 18 meses, muitas empresas começaram a reavaliar seriamente suas promessas e compromissos referentes à sustentabilidade. O movimento se relaciona tanto a questões ambientais quanto a questões sociais.

Por exemplo, em junho de 2024, a Tractor Supply Co., uma empresa do mercado de varejo de produtos para agricultura, pecuária e cuidados com animais de estimação avaliada em US$ 14 bilhões, anunciou que estava eliminando departamentos dedicados à diversidade, equidade e inclusão, além de revogar suas metas de emissões de carbono.

Essas alterações coincidem com o retrocesso corporativo em uma série de metas de sustentabilidade.

Apesar de cada empresa ter suas peculiaridades, um conjunto comum de fatores explica essas mudanças recentes. Um dos motivos é que as companhias não esperavam que os custos fossem tão elevados para desenvolver e aplicar as práticas voltadas à sustentabilidade.

Por exemplo, que valor deve ser atribuído à prevenção de danos ou à recuperação resultante do investimento em auditorias de conformidade da cadeia de fornecimento? Ou como um CFO deve quantificar o valor de evitar um futuro imposto sobre carbono ou os benefícios de recrutamento e retenção de uma empresa sustentável?