O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, tiveram sua primeira reunião presencial como chefes de Estado nesta segunda-feira (14) em Bali. O encontro ocorre dia antes da cúpula do G20, que reúne as maiores economias do mundo.
Segundo o jornal “Nikkei Asia”, o clima entre os presidentes foi amistoso, com os dois líderes ressaltando a importância da relação entre as duas nações.
“Estou comprometido em manter as linhas de comunicação abertas”, disse Biden em Bali. O presidente dos EUA enfatizou a necessidade dos dois países trabalharem para lidar com mudanças climáticas e insegurança alimentar. “Os Estados Unidos estão prontos para fazer exatamente isso, trabalhar com você, se é isso que você deseja”, disse ao presidente da China.
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Ainda, de acordo com o líder americano, os dois países vão continuar competindo de maneira “vigorosa”, mas que precisam trabalhar em conjunto em temas como mudanças climáticas, estabilidade macroeconômica global, incluindo alívio da dívida, segurança sanitária e segurança alimentar global porque “é isso que a comunidade internacional espera”.
Xi Jinping, por sua vez, disse que o atual estado das relações não agrada a comunidade internacional, que espera maior cooperação entre as partes. “Como líderes dos dois principais países, precisamos traçar o curso certo para o relacionamento entre China e EUA. Precisamos encontrar a direção certa para o relacionamento bilateral avançar e melhorar”, disse
A conversa foi o início de uma reconstrução da relação entre os dois governos. Desde que a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, visitou o Taiwan em agosto deste ano, China e EUA vivem uma “baixa histórica”. A visita foi vista como uma afronta a política de “Uma China”, que defende a que a ilha é território chinês. Ainda, as recentes restrições norte-americanas ao acesso ao mercado de tecnologia da ponta dos EUA por parte da China e empresas do país também afetaram a relação dos dois governos.
Sobre Taiwan, o presidente dos EUA ressaltou que a política de “Uma China”, defendida pelo país não mudou e que “se opõe a quaisquer mudanças unilaterais ao status quo por ambos os lados”. Biden também disse que “o mundo tem interesse na manutenção da paz e da estabilidade no Estreito de Taiwan”.
Por fim, Biden também citou preocupações do país com atitudes da China em relação ao respeito aos direitos humanos no Tibet, Xinjiang e Hong Kong.
