Fundador da Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, o bilionário Changpeng Zhao não atravessa um bom momento. Apenas em 2022, segundo a Bloomberg, o chinês-canadense viu sua fortuna derreter ao perder US$ 69 bilhões (R$ 379,5 bilhões na cotação atual).
CZ, como é conhecido, se tornou o bilionário que mais perdeu dinheiro neste ano após o tombo. Atualmente, sua fortuna é avaliada em US$ 26 bilhões (R$ 143 bilhões), ocupando o 46º lugar na lista dos mais ricos do mundo. Sua melhor colocação no ranking foi a 11ª colocação, quando tinha um patrimônio de US$ 96 bilhões (R$ 528 bilhões).
Do McDonald’s ao mercado financeiro
Nascido na China e criado no Canadá, CZ iniciou sua carreira como atendente do McDonald’s. Após se formar em ciência da computação, passou a trabalhar no mercado financeiro. Em 2013, teve contato pela primeira vez com o conceito de criptomoedas e se interessou pelo tema.
Um ano depois, decidiu vender seu apartamento em Xangai para aplicar o dinheiro em criptomoedas. Na época, o preço do Bitcoin caiu de US$ 600 para US$ 200, e CZ perdeu um bom dinheiro. Ainda assim, manteve sua aposta.
Em 2017, ele fundou a Binance. Para lançar a empresa, ele fez uma ICO (oferta incial de criptomoedas, semelhante ao IPO de uma empresa) da Binance Coin (BNB), a criptomoeda da Binance. A quantia arrecadada foi de US$ 15 milhões.
Atualmente, a Binance oferece mais de 600 criptomoedas e tinha mais de 90 milhões usuários ao final de 2021, de acordo com dados da Bloiomberg.
Binance tem presença conturbada no Brasil
A corretora já foi alvo de autoridades financeiras em países como Estados Unidos, Japão e Alemanha, e chegou a ser banida do Reino Unido em junho do ano passado. No Brasil, sua presença sempre foi muito conturbada.
No início deste mês, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) determinou o bloqueio de mais de R$ 450 milhões provenientes de transações de criptomoedas mantidos em contas do Banco Capitual, instituição que intermediava saques e depósitos entre a Binance e seus clientes brasileiros.
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De acordo com a Exame, a decisão é parte de uma batalha jurídica entre a corretora do bilionário chinês-canadense e o Capitual em torno do cumprimento das regras do Banco Central a respeito da identificação dos usuários da corretora.