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Binance nega acusações de lavagem de dinheiro

De acordo com reportagem da agência “Reuters”, a corretora se tornou um “hub para hackers, fraudadores e traficantes de drogas”

A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo em volume, negou as acusações de que tenha lavado pelo menos US$ 2,35 bilhões em dinheiro de origem ilícita. De acordo com uma reportagem da agência “Reuters” publicada na segunda-feira (06), a Binance se tornou um “hub para hackers, fraudadores e traficantes de drogas” com fortes ligações com a Hydra, site russo localizado na dark web. 

Em relato feito ao site “CoinDesk”, Matthew Price, diretor sênior de investigações da Binance, afirmou que todas as corretoras têm exposição indireta aos mercados da dark net. Price também já atuou como principal investigador da Hydra quando trabalhou na Internal Revenue Service (IRS), órgão dos EUA equivalente à Receita Federal do Brasil.

Segundo o chefe global de inteligência da empresa de criptomoedas, Tigran Gambaryan, a Reuters ignorou todos os fatos para impor uma agenda. 

Price e Gambaryan reiteraram que a Binance tem um processo rigoroso que lida com a exposição a mercados da dark net, fraudes e golpes usando software de análise de blockchain fornecido pelas empresas Chainalysis e Elliptic.

“Existe um sistema em vigor. Temos pontuação de risco para tudo o que você pode imaginar. Temos tudo marcado internamente com base em nossas ferramentas, então podemos fazer o monitoramento pós-transação com a Chainalysis”, afirmou Gambaryan.

A maior corretora de criptomoedas publicou 50 páginas de trocas de e-mail entre sua equipe de inteligência e a Reuters. Os documentos mostram que a Binance comentou sobre a recuperação de US$ 5,8 milhões do hack da blockchain Ronin, que ocorreu em março, e sua assistência em casos de fraude.

De acordo com dados da Chainalysis, 0,15% de todas as transações de criptomoedas em 2021 foram associadas a atividades ilícitas, enquanto a ONU estima que entre 2% e 5% das moedas digitais estão ligadas a alguma forma de atividade criminosa.

A Binance tem a visão de que, durante a troca de e-mails, o repórter da Reuters confundiu exposição “indireta” aos mercados da dark net com a “exposição direta”.