O Bitcoin (BTC) foi adotado como moeda oficial na República Centro-Africana, confirmando rumores que já circulavam há alguns dias. O país, que é considerado o segundo menos desenvolvido do mundo de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas) adotou o Bitcoin como moeda oficial junto do franco centro-africano, além de legalizar o uso de criptomoedas.
A República Centro-Africana é o primeiro país da África e o segundo do mundo a implementar a medida. El Salvador foi o pioneiro, em 7 de setembro de 2021. A informação foi divulgada por meio de um comunicado do gabinete do presidente centro-africano Faustin Archange Touadera. A Assembleia Nacional aprovou, por unanimidade, o projeto de lei elaborado pelos ministros da Economia Digital e das Finanças e Orçamento.
“Há uma narrativa comum de que os países da África Subsaariana estão frequentemente um passo atrás quando se trata de se adaptar a novas tecnologias,” afirmou Herve Ndoba, o ministro das Finanças do país. “Desta vez, podemos realmente dizer que nosso país está um passo à frente”, completou.
A presidência do país disse que “esta decisão coloca a República Centro-Africana no mapa dos países mais corajosos e visionários do mundo”.
El Salvador oficializa o bitcoin como moeda oficial
El Salvador foi o primeiro país do mundo a utilizar o Bitcoin como moeda oficial. A ideia começou a circular no país em 5 de junho, com um vídeo do presidente Nayib Bukele enviado à conferência Bitcoin 2021, realizada na Flórida, nos EUA. No vídeo, o presidente anunciava a intenção de oficializar a medida. Em apenas quatro dias o projeto foi aprovado pela Assembleia Legislativa.
Leia também: El Salvador inicia mineração de bitcoin
No entanto, em uma pesquisa realizada pela Universidade Centro-Americana (UCA) na véspera de entrar em vigor, 65,7% da população desaprovava fortemente que o Bitcoin fosse uma moeda de uso legal no país. Além disso, 82,8% dos entrevistados tinham pouca ou nenhuma confiança na criptomoeda.
Uma pesquisa recente sobre a adoção do Bitcoin em El Salvador realizada pelo Bureau Nacional de Pesquisa Econômica (NBER) mostrou que 83% dos entrevistados continuam a usar seus cartões de crédito e débito normalmente, e que 80% das empresas sequer aceitam o Bitcoin no país.