O supermercado Carrefour anunciou segunda-feira (22) que irá congelar os preços de 100 produtos de uso diário na França. Dentre os itens, estão detergentes a arroz. A medida, pressionada pelo governo do presidente Macron, visa combater a inflação crescente no país europeu e se estenderá até 30 de novembro.
A inflação francesa subiu para 6,8% em julho, a taxa mais alta desde que o país começou a usar a metodologia da União Europeia para calcular os dados no início dos anos 1990.
O Carrefour não é o primeiro grupo de supermercados a adotar o congelamento de preços. Em maio, o grupo francês Leclerc congelou os preços de 120 produtos mais comprados até julho. Um mês antes, os grupos britânicos Asda e Morrisons anunciaram uma redução no preço de itens essenciais.
Guedes pede congelamento de preços nos supermercados até 2023
Além da França, o Brasil pressionou os mercados visando frear a inflação. Em junho, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu para que empresários da cadeia de abastecimento alimentar deem “um freio na alta de preços” para segurar a inflação do país. A declaração foi feita em evento da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
Além de Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro (PL) já havia pedido para que os supermercados reduzissem as margens de lucros com produtos da cesta básica. Na época, a inflação chegou a 11,73% no acumulado de 12 meses até maio.
“Eu encerro reforçando o pedido, que é o seguinte: agora é hora de dar um freio nessa alta de preços. É voluntário, é para o bem do Brasil. Da mesma forma que os governadores têm que colocar a mão no bolso e ajudar o Brasil, o empresariado brasileiro tem que entender o seguinte: devagar agora um pouco porque a gente tem que quebrar essa cadeia inflacionária”, afirmou Guedes.
“Nova tabela de preços só em 2023. Trava os preços. Vamos parar de aumentar os preços por 2 ou 3 meses. Estamos em uma hora decisiva para o Brasil”, completou Guedes.