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Casa Branca critica falas de Lula sobre guerra da Ucrânia

O porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que Lula “está reproduzindo propaganda russa e chinesa”

A Casa Branca criticou as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que apontou os EUA e a União Europeia como culpados pelo prolongamento da Guerra da Ucrânia, além de afirmar que tanto Rússia quanto Ucrânia eram responsáveis pela guerra iniciada no ano passado. 

Nesta segunda-feira (17), o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que Lula “está reproduzindo propaganda russa e chinesa”. Ainda segundo ele, os comentários foram “simplesmente equivocados”.

Esta foi a segunda resposta dura às declarações de Lula, feitas no último domingo (16). Mais cedo, o porta-voz principal para Assuntos Externos da União Europeia, Peter Stano, afirmou que a Rússia é a “única responsável” pela escalada da violência no Leste Europeu.  

“Os Estados Unidos e a União Europeia trabalham juntos, como parceiros de uma ajuda internacional. Estamos ajudando a Ucrânia em exercícios para legítima defesa”.  

Ele também lembrou que o Brasil fez parte dos 143 países que condenaram a invasão da Ucrânia e pediram pelo fim das hostilidades, dentro do ambiente das Nações Unidas. “Não é verdade que os EUA e UE estão ajudando a prolongar o conflito. Nós oferecemos inúmeras possibilidades à Rússia de um acordo de negociação em termos civilizados”. 

Ida de Lula à China pode beneficiar setor de commodities

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua comitiva estão na China, em sua terceira viagem internacional de seu mandato. O petista visita o presidente chinês Xi Jinping e alguns membros do Partido Comunista Chinês, em busca de fortalecer os laços entre os dois países e sacramentar vários acordos comerciais.

De acordo com analistas consultados pelo BP Money, os setores ligados à commodities poderão ser favorecidos com a ida de Lula ao país asiático.

“Todos os acordos que o Lula buscará fazer envolvem uma facilitação do comércio entre Brasil e China. Isso é uma ótima notícia do ponto de vista da economia brasileira. Os setores ligados à pecuária, à agricultura e à mineração poderão ser bastante favorecidos, por exemplo. Não é segredo que a China tenha interesse nas commodities do Brasil”, afirmou Licio da Costa Raimundo, professor de economia da Facamp.

O advogado César Beck lembra que muitos empresários ligados ao agronegócios estão presentes na comitiva do presidente Lula. Por conta disso, é esperado que muitos acordos que favoreçam esse setor sejam fechados entre o Brasil e a China. Além de empresários, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), também foi à China.

“O agronegócio sairá muito fortalecido desta viagem. Apesar do setor ter ficado muito conhecido por ser ligado ao ex-presidente Bolsonaro, muitos empresários do ramo foram à China e participarão das reuniões comerciais com Lula”, disse.

“É esperado que o Lula assine um acordo para que a certificação digital seja colocada em prática, algo que seria fundamental para a diminuição da burocracia dos exportadores brasileiros do agronegócio. Além disso, o presidente poderá firmar um acordo que possibilite que essas transações ocorram com uma operação direta entre yuan e real, tirando o dólar da equação”, acrescentou Beck.

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