
O governo chinês aprovou nesta quarta-feira (30) uma nova lei para aumentar a confiança do setor privado no país. A chamada Lei de Promoção da Economia Privada visa implementar um sistema de acesso ao mercado nacional onde todos os tipos de entidades econômicas poderão entrar em pé de igualdade.
A legislação entrará em vigor a partir de 20 de maio. Segundo a agência estatal de notícias Xinhua, garantiu que a medida impulsiona o crescimento da economia privada e dos empreendedores privados. A medida foi divulgada em meio ao aumento de tensões comerciais com os EUA.
O setor privado é “uma força vital para o avanço da modernização no estilo chinês, uma base fundamental para o desenvolvimento de alta qualidade e uma força importante para transformar a China em uma potência socialista moderna e realizar o grande rejuvenescimento da nação chinesa”, diz a lei, segundo a Xinhua.
A decisão sinaliza uma mudança na abordagem de Pequim em relação aos seus gigantes da tecnologia e um afastamento de uma repressão regulatória de quatro anos atrás.
Em fevereiro, o presidente chinês, Xi Jinping, realizou uma rara reunião com alguns dos maiores nomes do setor de tecnologia da China, incluindo o fundador do Alibaba, Jack Ma, instando-os a “mostrar seu talento” e a confiar no poder do modelo e do mercado da China.
China justifica suspensão de negócios com Boeing após tarifaço
O governo chinês, justificou nesta terça-feira (29), que a suspensão das negociações com a empresa de aviação norte-americana Boeing se deu pelas tarifas empregadas ao país asiático pelo presidente Donald Trump. A decisão do republicano é considerada grave pelo governo chinês por ter impactado todo o setor aéreo internacional.
“A imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos impactou gravemente a estabilidade da cadeia industrial e da cadeia de suprimentos globais”, declarou o Ministério do Comércio chinês. O representante ainda acrescentou que importantes empresas nos dois países foram fortemente prejudicadas, incluindo a Boeing.
O diretor executivo da Boeing, Kelly Ortberg, afirmou na semana passada que a China havia deixado de fazer negócios com a companhia, o que levou a uma forte desvalorização das ações da empresas nas bolsas americanas. A empresa planejava entregar 50 aviões à China ao longo de 2025. O dirigente alertou que a Boeing “não esperará muito” para enviar as aeronaves a outros compradores.