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China: Banco Mundial corta previsão de crescimento para PIB

A estimativa agora é de 5,1%, ante 5,6% projetado em junho

O Banco Mundial cortou a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da China para 2023. De acordo com comunicado desta segunda-feira (2), a estimativa agora é de 5,1%, ante 5,6% projetado em junho.

Entre os principais fatores que contribuíram para o rebaixamento, estão as dificuldades internas persistentes do país no pós-Covid, com a dificuldade da recuperação vinda da reabertura da economia, o endividamento elevado e a crise no setor imobiliário.

Outros fatores como o envelhecimento da população também pesarão sobre o crescimento na China, desacelerando o ritmo da economia para um crescimento de 4,4% em 2024, segundo relatório.

O crescimento da região do Leste Asiático e Pacífico deve seguir robusto em 2023, com ritmo projetado de 5%, mas perderá vigor no segundo semestre de 2023 e deverá ser de 4,5% durante 2024, de acordo com o documento. A recuperação do crescimento global e a flexibilização das condições financeiras podem compensar o impacto da desaceleração da expansão da China e das medidas de política comercial nos outros países, diz o Banco Mundial.

“A região do Leste Asiático e Pacífico continua sendo uma das regiões de crescimento mais rápido e mais dinâmicas do mundo, mesmo que o crescimento esteja a moderar”, afirmou a vice-presidente do Banco Mundial para a Ásia Oriental e Pacífico, Manuela Ferro. “A médio prazo, a sustentação de um crescimento elevado exigirá reformas para manter a competitividade industrial, diversificar os parceiros comerciais e liberar o potencial de aumento da produtividade e de criação de emprego do setor dos serviços.”

BC da China vê riscos e exige que bancos cumpram regras de capital

O Banco do Povo da China (Banco Central chinês) demonstrou preocupação em comunicado emitido nesta sexta-feira (22). A instituição divulgou uma lista com diversos bancos considerados sistemicamente importantes para a estabilidade financeira do país e exigiu o cumprimento das regras de capital adicional como estipulado por órgãos reguladores.

Em nota, o BC afirma que realizará supervisões adicionais destas instituições junto ao órgão de Supervisão Financeira do Estado e do Escritório de Administração da China.

A instituição pediu também que os bancos atendam requisitos adicionais de taxas de alavancagem, reforcem resistência ao risco e capacidade de absorção de perdas, otimizem a gestão macroprudencial e a supervisão microprudencial.

Todas as medidas objetivam o desenvolvimento estável e saudável dos bancos e a consolidação da estabilidade no setor financeiro para apoiar a economia real, segundo o comunicado.

Entre os 20 bancos domésticos listados, foram identificados seis bancos comerciais estatais, nove bancos comerciais por ações e cinco bancos comerciais municipais. As instituições foram divididas em cinco grupos de acordo com notas de importância, de baixa a alta.

O reforço na supervisão das instituições ocorre em meio a problemas no setor imobiliário da China, que pressionam a recuperação econômica do país e levantam preocupações sobre contágio do sistema financeiro.

Contudo, o Nomura analisa em relatório que o “pior para os bancos” ficou para trás, projetando que as instituições devem receber apoio do relaxamento para compras de moradia e do próprio anúncio do BC reforçando aos bancos a necessidade de manter capital adicional.

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