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China: deflação volta a assustar o mercado

Queda persistenre nos preços também traz preocupação

O que a princípio pode parecer uma boa notícia, foi recebida com aflição pelo mercado. Dados divulgados nesta sexta-feira (12) pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) da China mostram uma deflação persistente no gigante asiático.

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrou uma queda de 0,3% em dezembro de 2023, na comparação anual. Em novembro, o indicador já havia recuado 0,5%.

Na base de comparação mensal, a inflação na China recuou 0,1% em dezembro, ante uma queda de 0,5% em novembro do ano passado.

Os resultados vieram praticamente em linha com as estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, esperava uma deflação anual de 0,4% e, na base mensal, uma queda de 0,2%.

O Índice de Preços ao Produtor (PPI) chinês também recuou em dezembro do ano passado, com queda de 2,7% na base anual. Em novembro, o recuo havia sido de 3%.

Motivo da preocupação

Uma deflação – queda nos preços média de preços de produtos e serviços – contínua e persistente pode atrapalhar a economia, e é isso que o mercado teme que aconteça na China.

Em um primeiro momento, a queda de preços é positiva para o consumidor, que vê seu poder de compra aumentar em relação a alguns produtos ou serviços.

Uma deflação mais duradoura, no entanto, pode ser um risco para a economia. Com expectativa por queda constante de preços, as pessoas tendem a adiar as compras, o que pode desaquecer o mercado.

É o que se teme que esteja ocorrendo na China. Segundo analistas, o resultado é explicado justamente pela redução das compras por parte da população chinesa.

A queda generalizada de preços pode significar que o poder de compra da população está diminuindo e que os comerciantes e prestadores de serviços estão cortando seus ganhos para tentar aquecer a demanda.

Os dados da China preocupam o mercado porque indicam que o gigante asiático pode ter dificuldades em conseguir cumprir suas metas de crescimento econômico neste e nos próximos anos, o que certamente terá repercussão em escala global.

.Com informações do portal Metrópoles, parceiro do BP Money.

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