A partir de abril

China diz estar preparada para 'choques' com novas tarifas

As afirmações ocorreram em uma reunião de líderes empresariais globais e do senador republicano americano visitante Steve Daines no início do Fórum de Desenvolvimento da China

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Foto: Unsplash / China

O primeiro-ministro da China, Li Qiang, disse que o país está preparado para “choques que excedem as expectativas”, em meio ao anúncio de novas tarifas dos EUA em abril, como informou a “Bloomberg” neste domingo (23). De acordo com a agência, Li afirmou que os países devem abrir mercados nesta crescente fragmentação econômica.

As afirmações ocorreram em uma reunião de líderes empresariais globais e do senador republicano americano visitante Steve Daines no início do Fórum de Desenvolvimento da China, em Pequim, no domingo (23). “A instabilidade e a incerteza estão aumentando”, afirmou Li.

“Neste momento, acredito que é ainda mais importante que cada um dos nossos países abra mais os mercados e que todas as nossas empresas compartilhem mais seus recursos”, completou.

Entre os participantes da conferência estão os executivos Tim Cook, da Apple, Cristiano Amon, da Qualcomm, Albert Bourla, da Pfizer, e Amin Nasser, da Saudi Aramco.

Conferência na China tem encontro raro

Daines representa o estado de Montana, além de fazer parte do Comitê de Relações Exteriores. Ele se reuniu com o vice-primeiro-ministro He Lifeng no sábado (22), em encontro raro entre autoridades dos EUA e da China desde que o presidente do país norte-americano, Donald Trump, voltou ao cargo.

Além disso, Daines se encontrou com Li no Grande Salão do Povo, acompanhado por altos executivos das empresas FedEx, Boeing, Cargill, Medtronic, Pfizer, Qualcomm e UL Solutions. Outras autoridades chinesas, inclusive do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério do Comércio, também participaram.

“A história nos diz que a China e os Estados Unidos têm a ganhar com a cooperação e a perder com o confronto”, afirmou Li, ao grupo. “Esperamos que o lado dos EUA trabalhe junto com a China para promover o desenvolvimento estável, sólido e sustentável das relações China-EUA”, completou.