Representantes da China, Rússia e África do Sul reagiram nesta segunda-feira (7) à ameaça do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor uma tarifa adicional de 10% a países que se alinharem ao Brics.
A retaliação tarifária foi anunciada após o bloco condenar medidas unilaterais de restrição comercial adotadas por Washington.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, afirmou que o país “sempre se opôs a guerras tarifárias e ao uso de tarifas como ferramentas de coerção e pressão”.
Ela destacou que “a imposição arbitrária de tarifas não está no interesse de ninguém” e defendeu o Brics como uma “força positiva e inclusiva” nas relações internacionais. “O Brics não está contra nenhum país”, completou.
Na mesma linha, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou à agência russa Tass que o bloco age com base em seus próprios interesses e compartilha uma “visão comum” de cooperação global.
Segundo ele, o grupo “não está, e nunca estará, direcionado contra países terceiros”.
Já a África do Sul negou qualquer postura antiamericana. Em declaração à Reuters, o porta-voz do Ministério do Comércio sul-africano, Kaamil Alli, afirmou que o país segue comprometido com o diálogo comercial com os EUA.
“Ainda esperamos uma comunicação formal em respeito ao nosso acordo comercial, mas as conversas seguem construtivas e frutíferas”, disse.
No domingo (6), Trump acusou o Brics de promover políticas “antiamericanas” durante a cúpula do grupo realizada no Brasil.
Ele afirmou que qualquer país alinhado a essas políticas pagará uma tarifa adicional de 10%, sem exceções.