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CPI nos EUA sobe 0,3% em janeiro e 3,1% em 12 meses

O núcleo da inflação teve alta mensal de 0,4% em janeiro (ante 0,3% em dezembro), enquanto o avanço anual foi de 3,9% inalterado ante o mês anterior

Em janeiro, o índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos aumentou 0,3%, o mesmo que em dezembro de 2023, de acordo com dados ajustados sazonalmente divulgados nesta quarta-feira (13) pelo Departamento do Trabalho americano. Em comparação com janeiro do ano passado, a inflação foi de 3,1%, desacelerando em relação aos 3,4% do mês anterior.

Em dezembro, os dados ficaram um pouco abaixo das expectativas, já que o consenso de analistas projetava uma variação de 0,2% na leitura mensal e uma inflação de 2,9% na base anual.

O núcleo da inflação, que exclui as variações de preços de alimentos e energia, registrou um aumento mensal de 0,4% em janeiro, comparado a 0,3% em dezembro. Enquanto isso, o avanço anual nessa leitura permaneceu inalterado em 3,9% em comparação com o mês anterior.

Uma parte significativa da decepção com o indicador de janeiro pode ser atribuída ao índice de habitação (“shelter”), que continuou a subir, registrando um aumento de 0,6% no mês. O índice de alimentos também teve um aumento de 0,4%, com uma pressão adicional vinda da categoria de alimentação fora de casa, que subiu 0,5%.

Por outro lado, o índice de energia registrou uma queda de 0,9% durante o mês, principalmente devido ao declínio do índice de preços da gasolina. No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, o índice de energia apresentou uma queda de 4,6%, enquanto o índice de alimentos registrou um aumento de 2,6% no mesmo período.

“A inflação de janeiro, registrada pelo CPl, certamente não irá ajudar os membros do FOMC a ganharem a confiança adicional que precisam para iniciar o ciclo de queda na taxa de juros. O número acima das projeções para a inflação de janeiro vai derrubar de vez as expectativas dos cortes iniciarem em março e a partir de agora as apostas vão se voltar para maio, junho ou julho”, avalia Danilo Igliori economista-chefe da Nomad.

“Só um número muito fraco do PCE, que sai no final de fevereiro, poderá balançar a percepção de que o high for long ainda sobrevive. E isso parece bastante improvável. A verdade é que percorrer a chamada última milha para o combate da inflação está bem mais difícil do que se imaginava no final do ano”, completa Igliori.

Payroll: EUA criam 353 mil vagas em janeiro, mais que o esperado

Os EUA geraram 353 mil empregos fora do setor agrícola em janeiro, superando significativamente as expectativas dos analistas, de acordo com os dados do relatório Payroll divulgados pelo Departamento do Trabalho nesta sexta-feira (2).

A previsão dos analistas, conforme o consenso LSEG, era de criação de 180 mil vagas no mês, ficando abaixo do resultado real de 353 mil empregos gerados nos EUA em janeiro. Além disso, o resultado é ainda maior do que os números de dezembro, que foram revisados de 216 mil para 333 mil novos empregos.

A taxa de desemprego permaneceu em 3,7% pelo terceiro mês consecutivo, surpreendendo positivamente em relação à estimativa de 3,8% pelo consenso de analistas. A quantidade de desempregados nos EUA registrou uma leve queda, passando de 6,3 milhões para 6,1 milhões de pessoas.

A taxa de participação na força de trabalho manteve-se estável em 62,5% em janeiro, em comparação com o mês anterior.

De acordo com os dados, em janeiro, observou-se aumento no emprego nos setores de serviços profissionais e empresariais, cuidados de saúde, comércio varejista e assistência social. No entanto, houve uma redução no emprego na indústria de mineração e na extração de petróleo e gás.

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