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Criptomoedas ajudaram a financiar ações do Hamas; entenda

Grupo recebeu, entre agosto de 2021 e junho de 2023, US$ 41 milhões (R$ 208 milhões)

O Hamas utilizou criptomoedas para financiar os ataques terroristas a Israel no último dia 7 de outubro. Dados obtidos pelo jornal alemão “Deutsche Welle”, informam que o grupo recebeu, entre agosto de 2021 e junho de 2023, US$ 41 milhões (R$ 208 milhões), conforme a empresa de software e análise BitOK. Já a Jihad Islâmica Palestina, cujos membros se juntaram ao Hamas, recebeu US$ 93 milhões, segundo a Elliptic.

As moedas digitais são usadas por grupos terroristas para burlar restrições de governos mundo afora. O Hamas, por exemplo, enfrenta sanções da União Europeia, Estados Unidos, Japão e outros países, e não participa do sistema bancário internacional.

Apesar das restrições impostas por Israel e Egito à Faixa de Gaza, a revista Forbes nomeou o Hamas como um dos grupos terroristas mais ricos do mundo em 2014. Naquele ano, seu faturamento anual foi estimado em até US$ 1 bilhão. Grande parte do financiamento do grupo que controla a região vem de palestinos no exterior ou de doadores privados da região do Golfo, informou o DW.

Quem também entra na lista é o Irã, considerado um dos maiores financiadores do Hamas. O país fornece, segundo o Departamento de Estado dos EUA, cerca de US$ 100 milhões ao Hamas e a outros grupos terroristas palestinos. Além dele, o Catar e a Turquia apoiam a organização. Em 2019 as brigadas Al-Qassam chegaram a pedir que seus apoiadores fizessem doações por meio de bitcoins.

Israel congela contas do Hamas na Binance

A Polícia de Israel anunciou no último dia 10 que congelou as contas do grupo terrorista Hamas na exchange de criptomoedas Binance. Segundo as autoridades do país, os ativos digitais eram usados para arrecadar fundos para as atividades da organização criminosa.

A ação foi noticiada primeiramente pelo veículo local Calcalist e foi realizada em colaboração com o Ministério da Defesa, a Agência de Segurança de Israel e outros órgãos de inteligência nacionais.

Não é a primeira vez que a Binance é associada ao uso por grupos extremistas. Em março, a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities mencionou em um processo aberto contra o CEO da Binance, Changpeng Zhao, que os diretores da empresa sabiam de transações do Hamas.

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