Mundo

EUA: pedidos de auxílio-desemprego caem abaixo da expectativa

O número de 183 mil veio abaixo do previsto no consenso Refinitiv, que apontava para 200 mil pedidos

Os pedidos de auxílio-desemprego dos EUA caíram 3 mil na semana encerrada em 28 de janeiro, para 183 mil, ante um número não revisado de 186 mil da semana anterior. Os dados com ajuste sazonal foram divulgados nesta quinta-feira (2) pelo Departamento do Trabalho americano.

O número veio abaixo do previsto no consenso Refinitiv, que apontava para 200 mil pedidos. O avanço da taxa de desemprego segurado ajustada sazonalmente foi de 1,1% na semana encerrada em 21 de janeiro, inalterada em relação à taxa revisada da semana anterior.

A média móvel da semana foi de 191.750, uma queda de 5.750 em relação à média não revisada da semana anterior, de 197.500.

O número de desempregados segurados já ajustado sazonalmente durante a semana encerrada em 21 de janeiro foi de 1,655 milhão, uma queda de 11.000 em relação ao nível revisado da semana anterior.

Os pedidos estão baixos este ano, consistente com um mercado de trabalho persistentemente apertado, mesmo com o ciclo de aumento de juros mais rápido do Federal Reserve desde a década de 1980, elevando o risco de uma recessão na segunda metade do ano.

Fed eleva juros nos EUA em 0,25 ponto percentual

O Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA) anunciou nesta quarta-feira (01) que elevou a taxa básica de juros nos EUA em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 4,50% a 4,75%. O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado. Na última reunião, ocorrida em dezembro, a instituição monetária havia elevado os juros em 0,5 ponto percentual.

“A elevação de 25 p.p já era esperada. O aumento do emprego tem sido forte nos últimos meses e o desemprego segue baixo, o que reforça a necessidade de manutenção da alta de juros. Os gastos das famílias também estão altos e os preços estão pressionados, mostrando que o FED ainda precisa continuar trabalhando para ajustar a inflação. Chama atenção também a preocupação da instituição monetária com a guerra entre Rússia e Ucrânia, que continua trazendo incertezas para os próximos rumos do FED”, afirmou Rodrigo Cohen, analista CNPI e co-fundador da Escola de Investimentos, empresa de educação financeira.

Em texto, a autoridade monetária afirmou que o crescimento de empregos tem sido robusto nos últimos meses. Contudo, reconhece que indicadores recentes apontam para um crescimento modesto de gastos e produção. Além disso, o Fed afirmou que a inflação norte-americana continua elevada, mesmo que tenha registrado um arrefecimento recente. 

 

Dentre os riscos de inflação mencionados pelo BC dos EUA está a guerra da Rússia contra a Ucrânia. A autoridade monetária diz que o conflito segue provocando dificuldades humanas e econômicas, contribuindo com o aumento de incertezas.

Para as próximas reuniões,o Federal Reserve afirmou que vai continuar monitorando os próximos dados econômicos. “As avaliações do comitê vão levar em conta um grande leque de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, disse o Fed.

Acesse a versão completa
Sair da versão mobile