A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos votou para autorizar a investigação de impeachment contra o presidente Joe Biden. A maioria republicana uniu forças, acusando-o de influenciar negócios do filho Hunter na China e Ucrânia durante seu mandato como vice-presidente.
Apesar da falta de provas de irregularidades por parte de Biden, os republicanos alegam que ele usou sua posição para favorecer os negócios de Hunter. A destituição é improvável, visto que os republicanos não controlam o Senado, responsável por tal medida.
A votação da Câmara foi de 221 a 212, alinhada às bancadas, para aprovar a investigação. Este processo pode impactar a Casa Branca antes da eleição presidencial de 2024, onde Biden concorre à reeleição, mas enfrenta desvantagens nas pesquisas em relação a Donald Trump.
Apesar disso, o filho de Biden, Hunter, de 50 anos, admitiu erros em sua vida passada, mas criticou os republicanos por tentarem desacreditá-lo para prejudicar seu pai. Ele recusou-se a participar de uma audiência organizada pelos republicanos, alegando que seu pai nunca esteve envolvido financeiramente em seus negócios.
Biden sempre defendeu seu filho, afirmando que se orgulha dele, mas nega seu envolvimento nos negócios de Hunter ou qualquer influência indevida durante sua vice-presidência. O pedido de impeachment, anteriormente solicitado por aliados de Trump, foi aberto no ano passado e, em setembro, especialistas não encontraram justificativa para a destituição de Biden.
“Não há evidências de que o presidente Biden tenha se envolvido em qualquer conduta repreensível”, afirmou ontem o líder democrata na Câmara, o deputado Hakeem Jeffries.
Os republicanos veem na formalização do processo uma chance de reforçar suas posições e explorar novos caminhos para acusar o presidente democrata. O presidente da Câmara, Mike Johnson, afirmou que é hora de prestar contas ao povo americano. Historicamente, nenhum presidente dos EUA foi destituído, mas três foram submetidos a processos de impeachment: Andrew Johnson em 1868, Bill Clinton em 1998 e Trump em 2019 e 2021. Todos foram absolvidos. Richard Nixon preferiu renunciar em 1974 para evitar um possível impeachment, após o escândalo de Watergate.