Os EUA estão confiantes de que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) chegará a um consenso favorável para aderir Suécia e Finlândia na organização.
De acordo com Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, em coletiva de imprensa realizada neste domingo (15), o passo fundamental para a decisão da Otan é que os dois países envolvidos “decidam solicitar formalmente” o pedido de entrada na aliança militar.
Blinken também conversou com Mevlüt Çavusoglu, ministro de Relações Exteriores da Turquia, a fim de buscar consenso entre os membros da Otan.
A Turquia, no momento, é o único país que está contra a entrada de Finlândia e Suécia na Organização, e já listou suas exigências para que os dois países passem a fazer parte do grupo.
Além disso, o ministro norte-americano falou sobre a crise alimentar derivada da pausa da exportação de grãos da Ucrânia, mas a temática, segundo ele, será abordada novamente em reunião que será realizada na próxima semana.
O secretário foi perguntado também sobre o plano de embargo às importações do petróleo produzido na Rússia, porém, como resposta, Blinken reforçou que aquele não era o foco da reunião em questão.
Posicionamento dos EUA aconteceu após declarações de Vladimir Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou que a adesão da Finlândia à Otan pode ser prejudicial para a relação entre os dois países.
O anúncio aconteceu no último sábado (14), por meio de uma conversa por telefone entre o presidente russo e Sauli Niinisto, presidente da Finlândia.
Na conversa, que aconteceu dois dias após a Finlândia ter declarado o desejo de se juntar à Otan, o presidente russo afirmou que caso a rejeição da política tradicional de neutralidade militar pelo país vizinho é um erro, considerando, de acordo com o líder russo, não há ameaças contra a segurança finlandesa.
O líder russo também falou com Niinisto sobre os desdobramentos de possíveis negociações contra a Ucrânia.
“Esse processo foi praticamente suspenso por Kiev, que não mostra qualquer interesse em um diálogo sério e construtivo”, disse Putin, antes do pronunciamento dos EUA.