Intervenção dos lideres

EUA dizem que negociações com a China estão estagnadas

Em maio, os dois países acordaram uma trégua de 90 dias na guerra tarifária, reduzindo temporariamente as tarifas sobre importações

Fonte: reprodução/ fotos públicas
Fonte: reprodução/ fotos públicas

As negociações comerciais entre os EUA e a China estão atualmente “um pouco estagnadas”, conforme declarou o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, em entrevista à Fox News na quinta-feira (29). Ele sugeriu que uma intervenção direta dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping pode ser necessária para destravar o impasse.  

Em maio, os dois países acordaram uma trégua de 90 dias na guerra tarifária, reduzindo temporariamente as tarifas sobre importações chinesas de 145% para 30%, enquanto Pequim baixou suas tarifas de 125% para 10%. Apesar desse avanço, as conversas para um acordo permanente não progrediram significativamente. 

Bessent enfatizou que, dada a complexidade das questões envolvidas, será necessário que ambos os líderes intervenham diretamente. Ele expressou confiança de que os chineses retornarão à mesa de negociações quando o presidente Trump apresentar suas preferências.  

Negociações comerciais e tensões políticas

Enquanto as tratativas com a China permanecem em compasso de espera, o governo Trump tem avançado em negociações com outros parceiros comerciais, como União Europeia, Japão e Índia. Recentemente, a ameaça de novas tarifas por parte dos EUA levou a UE a retomar as conversas comerciais com Washington.

Paralelamente, uma decisão judicial nos Estados Unidos considerou que Trump excedeu sua autoridade ao impor tarifas sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional. No entanto, essa decisão foi suspensa por um tribunal de apelações, permitindo que as tarifas permaneçam em vigor enquanto o processo segue em análise.  

Impacto das disputas legais e perspectivas futuras

Bessent afirmou que as negociações em andamento e destacou que uma delegação japonesa de alto nível está programada para visitar Washington nos próximos dias. 

A estagnação das negociações com a China ocorre em um momento de crescente pressão de grupos empresariais norte-americanos, que pedem ao governo a retomada das conversas e a redução das tarifas, argumentando que as medidas atuais prejudicam a economia dos EUA.