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EUA: pedidos de auxílio-desemprego caem para 191 mil na semana

Consenso Refinitiv esperava um número maior, de 197 mil pedidos na semana

O Departamento do trabalho dos EUA informou, nesta quinta-feira (23), que o número de pedidos de seguro-desemprego no país caíram em 1 mil na semana encerrada em 18 de março, de 192 mil para 191. O consenso Refinitiv esperava um número maior, de 197 mil pedidos na semana. A média trimestral de pedidos caiu em 250, era de 196.500. 

O número de desempregados segurados nos EUA, durante a semana terminada no dia 11, foi de 1,694 milhão, uma alta de 14 mil em relação à semana anterior. Já a taxa de desemprego segurado se manteve nas duas semanas em 1,2%.

FED: reajuste de 0,25% agrada mercado, dizem analistas

A confirmação do reajuste de 0,25% na taxa de juros básica agradou o mercado financeiro. O Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA) anunciou nesta quarta-feira (22) que a faixa sobe de 4,75% para 5%. 

A alteração já era prevista pelos analistas, que encararam o aumento como positivo.  A decisão do banco central norte-americano surge em um contexto de crise bancária nos EUA. Nas últimas semanas, o SVB (Silicon Valley Bank) e Signature Bank, dois grandes bancos do país, quebraram.

Para o diretor de investimentos da Nomad, Celso Pereira, a decisão alimentou a perspectiva otimista do mercado, apesar da recente crise. “As ações de tecnologia passaram a apresentar um resultado positivo (Nasdaq +0.6%) melhor que outros setores. A ação da Tesla também passou para o positivo no dia, e os juros para 2 anos tiveram leve queda após a decisão”, avaliou Pereira. 

Pereira acredita que os juros nos EUA devem subir novamente em 2023, principalmente caso a inflação no país não responda com queda e convergência de longo prazo para a meta de 2%.

Na visão do sócio e analista da Finacap Investimentos, Felipe Moura, o mercado financeiro norte-americano operou nesta quarta com “muita paciência” após o comunicado do FED.

Apesar do cenário mais confiante traçado pelo Banco Central dos EUA, Moura prevê mudanças na oferta de crédito no país. “As medidas devem ter um efeito no mercado de crédito, apertando o crédito, deteriorando um pouco mais as atividades. Então o banco realmente põe um alerta de que ficará atento a esses efeitos que o mercado já aguardava”, afirmou.