Na última semana de dezembro, houve uma queda de 10,7% nos pedidos de hipoteca nos Estados Unidos, conforme indicam os dados revelados pela Mortgage Bankers Association’s (MBA) divulgados nesta quarta-feira (3). Isso resultou na redução do índice MBA de pedidos de hipoteca, que passou de 194,2 para 173,5 pontos. Além disso, o índice de refinanciamento diminuiu 18,1%, de 437,2 para 358,2.
Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o indicador apresentou um aumento de 15%. O índice de compra, por sua vez, registrou uma queda de 7,6%, passando de 152,2 para 140,7, representando uma redução de 12% no ano.
“A recente queda nas taxas hipotecárias deu ao mercado imobiliário alguns motivos para otimismo em 2024, mas os pedidos de compra ainda não aumentaram em resposta”, disse Joel Kan, vice-presidente sênior e economista-chefe do MBA.”
Juros
De acordo com a pesquisa semanal da Mortgage Bankers Association (MBA), a taxa média de juros para hipotecas de taxa fixa de 30 anos subiu de 6,71% para 6,76%. O índice de compra sazonal caiu 5% frente ao valor registrado há duas semanas atrás. O índice não ajustado diminuiu 34% na mesma comparação e foi 12% menor que na mesma semana do ano anterior.
Em um intervalo de quase dois meses, a alta da taxa de juros foi o primeiro aumento nos custos dos empréstimos, no entanto, ainda assim a taxa permanece próxima dos mínimos de junho e abaixo do máximo de 23 anos, de 7,90%, atingido em meados de outubro.
Joel Kan, vice-presidente e vice-economista chefe da MBA, comentou quem nota que os mercados continuaram a digerir o impacto da desaceleração da inflação e dos potenciais cortes nas taxas por parte do Federal Reserve, o que tem ajudado as taxas hipotecárias a permanecer em níveis próximos dos mais baixos desde meados de 2023.
“A recente queda nas taxas deu ao mercado imobiliário alguns motivos para otimismo em 2024, mas os pedidos de compras ainda não responderam, com o nível geral de atividade inferior ao de um ano atrás. Os pedidos de financiamento ainda estavam em níveis muito baixos, mas eram 15% mais elevados do que há um ano”, disse.
O vice-economista chefe da MBA ainda acrescenta que o mercado imobiliário dos EUA tem sofrido consequências negativas em função da oferta limitada de casas à venda. Apesar disso, a recente força na construção de novas residências deverá continuar a ajudar a aliviar a escassez de estoque nos próximos meses.