Uma greve de trabalhadores está causando a falta de combustível em um a cada cinco postos na França, segundo a ministra da Transição Energética, Agnès Pannier-Runacher. A paralisação de funcionários da TotalEnergies e da Esso-ExxonMobile se estende há mais de dez dias e sindicatos já alertaram que a mobilização não deve terminar tão cedo.
Ainda assim, a TotalEnergies alega que a escassez de combustíveis nos postos se dá pela baixa nos preços do produto, o que causa uma maior procura.
Segundo a agência de notícias francesa AFP, os trabalhadores reivindicam mais contratações e um aumento no salário de 10% – 7% devido à inflação e 3% devido à distribuição de riqueza. Mesmo assim, a administração da TotalEnergies afirma já ter tomado medidas que representam um aumento médio de 3,5% este ano.
As greves afetam três refinarias, uma das maiores da TotalEnergies, perto do porto de Le Havre, norte do país, e duas da Esso.
O porta-voz dos funcionários da TotalEnergies, Thierry Defresne, assegurou à rádio RMC que o seu objetivo “não é incomodar as pessoas”, mas “expressar à Total o descontentamento dos trabalhadores porque não há distribuição de riqueza”.
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O governo de Emmanuel Macron pede calma e garante que a situação vai melhorar nos próximos dias. “Perante a escassez, houve movimentos de pânico e muitos dos nossos compatriotas correram aos postos de abastecimento para encher o tanque por precaução. No entanto, esta atitude acelera o efeito de pânico”, alertou Macron.
Na última semana, o governo francês pediu às empresas de petróleo “esforços” salariais para resolver as greves.
“Peço às empresas afetadas, que em sua maioria registraram bons resultados, que considerem os pedidos de aumentos salariais” e “esperamos (…) esforços”, disse Olivia Grégoire, ministra das PMEs, à rádio Franceinfo.
A falta de combustível fez com que o governo proibisse a venda e compra do produto em galões, para evitar o armazenamento de gasolina ou diesel.
