O economista Demian Reidel tomou a decisão de rejeitar o convite feito pelo presidente eleito da Argentina, Javier Milei, para assumir a liderança do Banco Central do país. Segundo informações da mídia local, divergências sobre a proposta de dolarização e as políticas monetárias discutidas no novo governo foram apontadas como os motivos por trás dessa recusa.
A negativa surge após fontes ligadas à equipe de Milei terem confirmado ao longo da semana que Reidel, ex-vice-presidente do BC durante o governo de Mauricio Macri, seria nomeado para a chefia da autoridade monetária, enquanto Luis Caputo, ex-ministro das Finanças, assumiria a pasta da Economia.
“Há uma questão de diferenças na elaboração das políticas e há pessoas que podem fazer isso melhor”, afirmou Reidel em entrevista ao “La Nación”. “Mas mantenho ótimas relações com eles. Apoio 100% o governo de Milei. Sou um mileísta de primeira hora.”
Em entrevista ao “La Nación”, Reidel afirmou: “Há divergências na formulação das políticas e há pessoas que podem fazer isso melhor. Mas mantenho ótimas relações com eles. Apoio integralmente o governo de Milei. Sou um grande apoiador de suas ideias desde o início.”
Recentemente, Milei usou suas redes sociais para enfatizar que o fechamento do Banco Central, uma de suas promessas de campanha, é algo “inegociável”. Essa declaração também poderia ter sido um dos motivos para a recusa de Reidel em aceitar o cargo.
“Diante dos falsos rumores difundidos, desejamos deixar claro que o fechamento do Banco Central da República Argentina (BCRA) não é um assunto negociável”, dizia a postagem na conta @OPEArg no X (antigo Twitter), gerenciada pela equipe do presidente eleito.
Com a recusa de Reidel, o possível candidato ao cargo agora seria Pablo Quirno, ex-chefe de gabinete de Caputo durante o governo de Macri e também ex-diretor do Banco Central, de acordo com o jornal “Clarín”.