Mundo

Fed deve realizar cinco cortes de juros em 2024, diz Goldman Sachs

A previsão é de que o ciclo de corte se inicie em março

O economista-chefe do Goldman Sachs, Jan Hatzius, projetou, através de relatório, que o Banco Central norte-americano, o Federal Reserve (Fed), deve realizar cinco cortes de juros ao longo do ano. A previsão é de que o ciclo de corte se inicie em março.

“O Banco Central Europeu deverá seguir o Fed em abril e o Banco de Inglaterra em maio, e as nossas opiniões sobre ambos os bancos centrais são mais suaves do que o mercado projeta”, diz ele.

A análise apresenta uma visão ainda mais cautelosa na atribuição de cortes de juros nos Estados Unidos quando comparada às projeções do mercado, que estima sete anúncios de redução em 2024.

Segundo a análise, a taxa anual de três meses desacelerou ainda mais para 2,0%. Isso embora o núcleo da inflação global tenha aumentado de maneira moderada em dezembro numa base mensal.

Fed tem maior prejuízo operacional anual da história em 2023

O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou uma perda operacional recorde de US$ 114,3 bilhões em 2023, revertendo o lucro líquido de US$ 58,8 bilhões de 2022, conforme divulgado em comunicado preliminar. As despesas totais da autoridade com juros aumentaram significativamente, atingindo US$ 281,1 bilhões no ano passado, um acréscimo de US$ 178,7 bilhões.

Esse cenário reflete a campanha de aperto monetário iniciada em 2022, elevando a taxa básica acima de 5%. As perdas se somaram aos amplos déficits federais, resultando em leilões maiores de dívida do Tesouro. A continuidade das perdas dependerá das taxas de juros de curto prazo, podendo gerar críticas políticas ao Fed.

O aumento da taxa de juros de referência para mais de 5% levou o banco central a pagar mais às instituições financeiras em depósitos e títulos com rendimentos de juros do que ganhou com os títulos adquiridos quando as taxas eram mais baixas.

É importante destacar que essas perdas não afetam as operações diárias do Fed e não requerem um aporte do Departamento do Tesouro, já que o Fed pode usar uma nota promissória denominada “ativo diferido” para cobrir prejuízos operacionais.