O Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA) anunciou nesta quarta-feira (14) que elevou a taxa básica de juros nos EUA em 0,5 ponto percentual, para a faixa de 4,25% a 4,50%. O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado e desacelerou o ritmo do aperto monetário, após quatro elevações consecutivas em 0,75 ponto nas últimas reuniões.
“Depois da apresentação de diversos índices econômicos, especialmente do último Payroll, e das declarações dos dirigentes do Fed, o mercado já estava na expectativa de ver essa elevação de apenas 50bps, depois de amargar quatro aumentos consecutivos de 75bps”, disse Carlos Vaz, CEO da Conti Capital.
“Em resumo, como eu e outros executivos já mencionaram, apesar desse afrouxamento, a resiliência do mercado de trabalho americano pode levar o Federal Reserve a manter o ciclo de aperto monetário acima do previsto, pelo menos até meados de 2023, podendo seguir até 2024. Com isso, na minha visão, acho que os EUA poderão vivenciar um período de desaceleração econômica, porém com um menor indicativo de risco de recessão, como o mercado especula”, completou Vaz.
De acordo com comunicado da instituição monetária, a inflação continua elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, com preços mais altos de alimentos e energia e pressões de preços mais amplas.
“A guerra da Rússia contra a Ucrânia está causando enormes dificuldades humanas e econômicas. A guerra e eventos relacionados estão contribuindo para aumentar a pressão sobre a inflação e estão pesando sobre a atividade econômica global. O Comitê está altamente atento aos riscos de inflação”, escreveram integrantes do Fed.
No comunicado, o BC americano ainda afirmou que continua fortemente comprometido em levar a inflação a 2%. Também diz que novas altas de juros serão apropriadas em próximas reuniões.
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O colegiado do Fed também aumentou a previsão da taxa de juros para 2023, vendo a taxa de juros a 5,1% no fim do ano que vem, contra 4,6% nas projeções apresentadas em setembro.
Fed disse que iria diminuir ritmo de aumento dos juros
O presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano), Jerome Powell, afirmou em uma audiência em 30 de novembro que a instituição monetária iria diminuir o ritmo de aumento das taxas de juros.
“Moderar o ritmo de aumento das taxas pode vir assim que a reunião de dezembro”, afirmou Powell. O economista ainda acrescentou que a política monetária do Fed estava se aproximando “do nível de contenção que será suficiente para reduzir a inflação”.
O presidente do Fed, entretanto, argumentou que o nível máximo das taxas, ou a taxa terminal, precisaria ser “um pouco mais alto do que se pensava por ocasião da reunião de setembro e do Resumo das Projeções Econômicas”.
