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Fed mantém juros entre 5,25% e 5,50% nos EUA e não sinaliza cortes

Os diretores do Fed avaliam que os recentes indicadores sugerem que a atividade econômica se expandiu a um ritmo sólido

O Fomc decidiu manter inalterada a taxa de juros do Federal Reserve (Fed) nos EUA, mantendo-a no intervalo entre 5,25% e 5,50%. No comunicado, em sua primeira reunião de 2024, nesta quarta-feira (31), a instituição evitou sinalizar quanto poderá iniciar o ciclo de cortes de juros.

A ferramenta CME FedWatch, que analisa as probabilidades de alterações nas taxas de juros nos EUA, apontava as expectativas para janeiro com uma probabilidade de 97,9% de que as taxas permaneceriam inalteradas.

Para o mês de maio, as expectativas são significativas. De acordo com a ferramenta, há uma probabilidade de 96,3% de cortes nas taxas de juros.

Diretores do Fed avaliam ritmo sólido na economia

Os diretores do Fed avaliam que o recentes indicadores sugerem que a atividade econômica se expandiu a um ritmo sólido. Além disso, os ganhos de emprego moderaram-se desde o início do ano passado, mas permanecem fortes, enquanto a taxa de desemprego permaneceu baixa.

Ainda de acordo com eles, a inflação diminuiu ao longo do ano passado, mas permanece elevada.

O comitê aponta que não espera que seja apropriado reduzir o intervalo da meta até que tenha ganhado maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável para 2%.

O Fomc salienta que considera que os riscos para atingir seus objetivos de emprego e de inflação estão evoluindo para um melhor equilíbrio.

O comitê informou que, ao avaliar a orientação adequada da política monetária, seguirá monitorando as implicações das informações recebidas para as perspectivas econômicas.

Além disso, reforçou o aviso de que estaria preparado para ajustar a orientação da política monetária caso surjam riscos que possam impedir a consecução dos objetivos do Comité.

“As avaliações do Comitê terão em conta uma vasta gama de informações, incluindo leituras sobre as condições do mercado de trabalho, pressões inflacionárias e expectativas de inflação, e desenvolvimentos financeiros e internacionais”, aponta o comunicado.

Visão do analista

Para o CFA e co-fundador da Quantzed, Marcelo Oliveira, o comunicado do FED ainda bem conservador. “Segue comentando que Inflação cedeu, mas ainda não pode se desligar disso. Mantém inflação com meta de 2%”, disse.

Oliveira destaca que houveram duas alterações no comunicado, uma mais positiva e outra negativa, entre elas, a positiva em que retirou o trecho sobre possível aperto monetário adicional. E a negativa, em que o Fed mudou a parte que a economia desacelerou para “economia expandiu em ritmo sólido”.

“No final, complementa que pode fazer “qualquer” ajuste se necessário deixando total em aberto e afirma meta de inflacao em 2%”, afirma. “Na minha opinião, a falta de uma fala mais concreta sobre baixa de juros torna o comunicado um pouco mais negativo, dado que mercado esperava ja um discurso mais nesse sentido”, completou Oliveira.

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