Os líderes do G20 concordaram neste sábado (9) em divulgar uma declaração conjunta após resolver as diferenças finais sobre as referências à invasão da Ucrânia pela Rússia e aos planos dos EUA de sediar a cúpula em 2026.
O comunicado condenou a guerra na Ucrânia e refletiu um compromisso entre os EUA e os seus aliados. O acordo fez com que a Índia, anfitriã da cúpula, reivindicasse o sucesso diplomático da reunião.
“Esta é uma declaração completa com 100% de unanimidade”, afirmou Amitabh Kant, principal negociador do G20 na Índia.
“Isto demonstra a grande capacidade do primeiro-ministro e da Índia para reunir todos os países em desenvolvimento, todos os mercados emergentes, todos os países desenvolvidos, a China, a Rússia, todos na mesma mesa e chegar a consenso”, acrescentou Kant.
O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, aclamou a aprovação do comunicado e parabenizou o país asiático.
“Este é um marco significativo para a presidência da Índia e um voto de confiança de que o G20 pode unir-se para abordar uma série de questões prementes, e também para lidar com questões difíceis que, na verdade, dividem muito alguns membros de outros, incluindo, obviamente, a guerra brutal da Rússia contra a Ucrânia”, disse Sullivan.
G20: Lula foi à Índia para assumir presidência do grupo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou na última quinta-feira (7) para Nova Déli, capital da Índia, onde participa da Cúpula do G20, grupo que reúne as 19 nações de maior economia do mundo e a União Europeia.
A comitiva brasileira embarcou logo após o desfile do Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios. A reunião de líderes ocorre nos dias 9 e 10.
A cúpula do G20 é ponto alto das atividades do grupo e marcará também a reta final da presidência rotativa do bloco, atualmente com a Índia, e que será assumida pelo governo brasileiro a partir do dia 1º de dezembro. Uma série de reuniões e trabalhos prévios e de grupos de trabalho estão ocorrendo, inclusive em escala ministerial entre os países.