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G20: Lula diz que Putin não será preso se vier ao Brasil 

"Se eu for presidente do Brasil e se ele for para o Brasil, não há porque ele ser preso”, disse Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, não deverá ser preso no Brasil caso venha ao País para a próxima cúpula do G20, em 2024.

A fala de Lula foi feita em entrevista a uma TV indiana, em Nova Delhi, onde ocorreu o encontro do grupo neste fim de semana.

“O que eu posso dizer é que, se eu for presidente do Brasil e se ele for para o Brasil, não há porque ele ser preso”, revelou.

O presidente também afirmou que Putin será convidado a visitar o Brasil, pois deve encontrá-lo em 2024, na Rússia, em função do encontro do Brics, previsto para ser sediado pelos russos no próximo ano.

“Antes do G20 no Brasil, teremos o Brics na Rússia, e eu vou no Brics na Rússia no próximo ano. Todo mundo vai para a reunião do Brics, e espero que também venham para o G20 no Brasil”, disse.

Apesar das declarações de Lula, o Brasil promulgou, em 2002, sua adesão ao Estatuto de Roma, passando a fazer parte do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia. Ano passado, a entidade expediu uma ordem de prisão contra Putin.

Com isso, caso o Brasil não determine a prisão de Putin no País, Lula estará descumprindo um acordo internacional do qual é signatário.

Brasil assume presidência do G20 até 2024

O Brasil assumiu a presidência simbólica do G20 neste domingo (10), durante a Cúpula de Líderes do bloco, em Nova Délhi, na Índia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o martelo que representa a liderança do grupo das mãos do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

A presidência brasileira começará oficialmente no dia 1° de dezembro e terminará em 30 de novembro de 2024.

Em discurso, Lula criticou o que chamou de “equívocos do neoliberalismo” e disse que o G20 não pode “deixar que questões geopolíticas sequestrem a agenda de discussões das várias instâncias” do bloco.

O presidente do Brasil também prometeu criar, no âmbito do G20, uma aliança global contra a fome e a pobreza e o que chamou de mobilização global contra a mudança do clima.