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G7 pressiona Rússia com teto para preço do petróleo

Vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, diz que pressão do G7 é "uma interferência grosseira que contradiz as regras do livre comércio"

O G7, grupo que inlcui Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, definiu um teto de US$ 60 por barril nos preços do petróleo transoceânico da Rússia. O teto entrou em vigor nesta segunda-feira (5).  

A Rússia, entretanto, afirmou que não cumprirá a medida, mesmo que precise cortar a produção.

Na última sexta-feira (2), os países do G7 e a Austrália concordaram em um teto no petróleo transoceânico russo, após membros da União Europeia superarem a resistência da Polônia, que queria um preço menor. 

O vice-primeiro-ministro da Rússia, que é o segundo maior país exportador de petróleo do mundo, Alexander Novak, disse que a pressão do G7 é “uma interferência grosseira que contradiz as regras do livre comércio e desestabilizará ainda mais o mercado”.

“Vamos vender produtos petrolíferos apenas para os países que trabalharão conosco em condições de mercado, mesmo que tenhamos que reduzir um pouco a produção”, afirmou Novak, autoridade russa responsável pelo petróleo, gás, energia atômica e carvão. A fala de Novak foi dita no último domingo (4). 

O acordo do G7 permite que o petróleo russo seja enviado para países terceiros usando petroleiros, companhias de seguros e instituições de crédito do G7 e da UE, somente se a carga for comprada abaixo do teto de US$ 60 por barril.

O chanceler alemão Olaf Scholz fez um alerta, nesta segunda-feira (5), contra a possibilidade da criação de uma nova guerra fria, que dividira o mundo em blocos.

Em um artigo, Scholz destacou que “neste novo mundo multipolar, diferentes países e modelos de governo estão a competir pelo poder e influência”. 

“A Alemanha e os seus parceiros na União Europeia, nos Estados Unidos da América, no G7 e na NATO devem proteger as nossas sociedades abertas, defender os nossos valores democráticos e reforçar as nossas alianças e parcerias. Mas temos também de evitar a tentação de dividir novamente o mundo em blocos”, escreveu Scholz sobre uma possível guerra fria provocada pela Rússia.