A Gemini, corretora de criptomoedas, está sendo processada pelo IRA Financial Trust, provedor de contas de aposentadoria cripto que perdeu US$ 37 milhões em um roubo realizado em fevereiro. A fintech afirma que os protocolos de segurança supostamente falhos da corretora levaram à drenagem das contas de seus clientes. A ação civil está sendo movida em um tribunal distrital federal.
De acordo com o IRA Financial, a corretora norte-americana falhou em proteger os ativos de seus clientes, alegando que uma série de medidas de segurança falharam quando os ladrões exploraram a “chave mestra” do provedor em 8 de fevereiro.
No hackeamento, que resultou no furto milionário, os ladrões drenaram uma a uma as contas dos clientes da fintech. O furto ocorreu em 8 de fevereiro e durou cerca de duas horas. O IRA alegou que tentou e não conseguiu fazer com que a Gemini congelasse todas as contas.
A corretora de criptomoedas afirmou que rejeita as acusações e reiterou que seus padrões de segurança são eficientes e atualizados constantemente para proteger seus clientes.
“Nossos padrões de segurança estão entre os mais altos do setor e os atualizamos constantemente para garantir que nossos clientes estejam sempre protegidos. Sobre o caso, assim que o IRA Financial nos notificou sobre seu incidente de segurança, agimos rapidamente para mitigar a perda de fundos de suas contas”, disse a Gemini.
O processo surge num momento complicado para a Gemini, que demitiu recentemente 10% de sua equipe, de acordo com fundadores da companhia, Cameron e Tyler Winklevoss, também conhecidos como “gêmeos do Facebook”. A empresa norte-americana não informou a quantidade de funcionários demitidos, mas, de acordo com a página da corretora no LinkedIn, mais de mil pessoas trabalham na empresa, indicando que cem funcionários foram desligados de suas tarefas. As demissões da corretora convergem com o momento econômico ruim das startups e do mercado de criptomoedas.