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Giorgia Meloni assume como primeira-ministra da Itália

O governo de Meloni substitui ao de Mario Draghi, ex-diretor do Banco Central Europeu

Giorgia Meloni assumiu formalmente no sábado (22) como a primeira mulher a presidir o governo da Itália. Em uma cerimônia no Palácio de Quirinal, em Roma, Meloni recitou o tradicional juramento perante o presidente Sergio Mattarella, que na sexta-feira (21) lhe pediu formalmente que integrasse o governo.

Irmãos de Itália-Aliança Nacional, partido de Meloni, governará em aliança com dois partidos que perderam popularidade entre os cidadãos nos últimos anos: a Liga e a Força Itália, do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

Em sua posse, a nova primeira-ministra declarou um juramento tradicional pelo qual se comprometeu ser fiel à república instaurada no pós-guerra e a atuar “em interesse exclusivo da nação”.

O governo de Meloni substitui ao de Mario Draghi, ex-diretor do Banco Central Europeu, que foi nomeado por Mattarella em 2021 para liderar uma coalizão de unidade nacional.

Primeira-ministra britânica renuncia após 44 dias no cargo

A primeira-ministra britânica, Liz Truss, renunciou na ultima quinta-feira (20). Ela ficou apenas 44 dias no cargo, mas às pressões e a alta reprovação acabaram minando sua continuidade no posto. Após fracassar na elaboração do orçamento, que gerou turbulência no mercado, ela informou a decisão ao Rei Charles, que está deixando a liderança do Partido Conservador. 

Na quarta-feira (19), a primeira-ministra procurou defender sua posição como líder de um governo à beira do colapso. “Sou uma lutadora, não uma desistente”, afirmou durante sessão no Parlamento em que respondia a perguntas, em especial sobre seu um plano econômico que foi por água abaixo.

No entanto, horas depois, ela perdeu mais um nome de peso de seu governo. Suella Braverman, que chefiava a importante pasta do Interior, renunciou sob uma justificativa técnica: disse que violou regras do funcionalismo ao enviar documentos oficiais usando um perfil pessoal de email.

Truss enfrentava críticas generalizadas por não entregar o cargo, após obrigar seu então ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, a assumir a culpa por uma proposta orçamentária que criou um tsunami econômico no país.

Após o episódio, passou a ser rejeitada e questionada pela opinião pública e pelo seu próprio partido. 

A crise de Truss começo no final de setembro, quando seu então ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, apresentou um pacote de medidas econômicas com cortes significativos de impostos e um colossal auxílio para as contas de energia – duas questões que suscitaram temores de um descontrole dos gastos públicos.