A Gol (GOLL4) comunicou nesta quinta-feira (25), que entrou com pedido de Chapter 11 no Tribunal de Falências dos Estados Unidos, em Nova York. O processo, equivalente ao de recuperação judicial no Brasil, permite que a empresa possa captar recursos e fazer uma reestruturação financeira enquanto preserva sua operação. As informações são “O Globo”.
A empresa inicia o processo com um compromisso de receber um aporte no valor de US$ 950 milhões, a ser feito por um acionistas da Abra, a holding controladora da companhia aérea e também da colombiana Avianca.
Esse investimento, que para ser efetivado depende de aprovação judicial, em conjunto com o caixa gerado pelas atividades regulares da Gol, informa a companhia, “fornecerá liquidez substancial para apoiar as operações”, que seguirão normalmente durante o processo.
A companhia afirma que está recorrendo ao Chapter 11 para reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e também fortalecer sua estrutura de capital no longo prazo.
Com dívidas que somam R$ 20 bilhões. A companhia aerea contratou a consultoria Seabury para buscar a renegociação de dívidas.
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“A GOL vem empreendendo esforços significativos para oferecer a melhor experiência de viagem aos Clientes, ao mesmo tempo em que melhorou sua lucratividade e posição financeira”, diz Celso Ferrer, CEO da empresa, no comunicado.
“Progressos notáveis até agora e acreditamos que este processo permitirá endereçar os desafios gerados pela pandemia”, acrescentou.
Conselho aprova aumento de capital em R$ 2,9 bi
Na semana passada, o conselho administrativo da Gol divulgou a aprovação de aumento de capital em um valor entre R$ 948,3 milhões e R$ 2,9 bilhões. Essa decisão faz parte de uma parceria com a American Airlines, que já havia sido divulgada pela companhia aérea brasileira na quinta-feira (7).
Como as ações da Gol são preferenciais, seus acionistas terão direito a prioridade para subscrição de ações. Para exercer esse direito, eles terão o prazo de 1 mês, entre os dias 13 de abril e 13 maio.
O acordo firmado com a American Airlines foi anunciado em setembro de 2021 e se trata de um codeshare exclusivo. Nele ficou estabelecido também a aquisição de 5,2% da aérea brasileira pela empresa norte-americana.
