Nos próximos dois anos, o mundo está previsto para enfrentar um período de desaceleração econômica. De acordo com projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), o crescimento global é esperado para ser de 3,1% em 2024 e 3,2% em 2025.
Segundo o relatório do World Economic Outlook, a Índia se destaca com previsão de crescimento de 6,5% neste ano e no próximo. Em segundo lugar está as Filipinas (6%) e em terceiro a Indonésia (5%). A China ocupa o quarto lugar, com um crescimento de 4,6%. Já o Brasil é classificado em 18º lugar, com uma previsão de crescimento de 1,7%.
Embora os números para este ano tenham aumentado 0,2 ponto percentual desde as projeções feitas em outubro, devido à resiliência das economias dos Estados Unidos e de vários países emergentes ter sido maior do que o esperado, a expectativa ainda permanece abaixo da média recente.
Índia se torna o 4º maior mercado de ações do mundo
Pela primeira vez na história as negociações na Bolsa da Índia ultrapassaram a de Hong Kong. O alcance é calculado através do valor combinado das ações listadas na bolsa de valores do país do sul da Ásia, que atingiu US$ 4,33 trilhões no fechamento de segunda-feira (22), frente os US$ 4,29 trilhões de Hong Kong. É o que apontam os dados compilados pela Bloomberg.
Os dados divulgados implicam em dizer que o mercado de ações da Índia se torna o quarto maior do mundo. A capitalização do mercado de ações surge em meio às expectativas de crescimento, bem como as reformas políticas do país asiático. Tal cenário favorece a região e torna o mercado mais atrativo para os investidores.
Ao todo, seu valor ultrapassou US$ 4 trilhões pela primeira vez em 5 de dezembro, com cerca de metade desse valor ocorrendo nos últimos quatro anos.
Evan Metcalf, CEO da Global X ETFs demonstrou otimismo sobre o mercado da Ásia e projeta uma alta na estrutura do mercado. “Vemos a Índia como a melhor história de crescimento estrutural não apenas nos mercados emergentes, mas em todo o mundo”, disse Metcalf.
“Embora o crescimento da China tenha estagnado e esteja atolado em incertezas, a Índia tem uma oportunidade geracional para emergir como o motor de crescimento dos mercados emergentes. A demografia é uma vantagem fundamental, juntamente com um aumento no número de jovens instruídos e um governo progressista que prossegue reformas estruturais importantes”, completa.
Para somar a alta recuperação das ações indianas coincidiu, houve uma queda histórica em Hong Kong, mercado onde estão cotadas algumas das empresas mais influentes e inovadoras da China.
As restritivas medidas anti-COVID-19 em Pequim, as regulamentações rigorosas sobre empresas, a crise no setor imobiliário e as tensões geopolíticas com o Ocidente têm se somado para prejudicar a atratividade da China como impulsionadora do crescimento global.