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Inflação americana vem acima do esperado e atinge 9,1% em junho

Mercado esperava que aumento de preços ficaria em 8,8%; dados podem indicar uma alta ainda maior dos juros nos EUA

A inflação nos EUA subiu 1,3% em junho e atingiu 9,1% nos últimos 12 meses, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (13). O percentual ficou acima dos 8,8% esperados por agentes do mercado e, por isso, podem indicar que o FED, o banco central norte-americano, possa aumentar ainda mais os juros no país. É a maior alta desde 1981.

Além disso, o núcleo de inflação, que exclui alimentos e energia (cujos preços são mais voláteis), subiu 0,7% na comparação mensal e 5,9% na anual. Dessa forma, os dados mostram que a alta se concentra nos problemas globais que surgiram com a guerra na Ucrânia e com a quebra das cadeias logísticas da China.

Com os dados, os índices futuros dos EUA desaceleravam fortemente, com os agentes do mercado temorosos que, com a alta dos juros, o país entre em recessão. A expectativa agora é que o FED faça um novo aumento na taxa básica de juros de 0,75 ponto percentual.

Na ata da última reunião, divulgada na semana passada, os dirigentes da autoridade monetária apontaram que poderiam realizar uma alta de 0,5 ou 0,75 pontos percentuais na próxima reunião, dependendo dos indicadores inflacionários. 

O documento apontou que os integrantes do Fomc “concluíram que as perspectivas econômicas justificavam um movimento em direção a uma política monetária restritiva, e reconheceram a possibilidade de que mesmo uma postura ainda mais restritiva poderia ser apropriada, caso as pressões inflacionárias persistam.”

A ata indicou que os integrantes do Fed estavam mais pessimistas em relação ao crescimento econômico norte-americano do que na reunião anterior. Com os novos dados da inflação dos EUA, crescem as apostas de que a economia do país pode entrar em recessão em 2023.

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