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Inteligência artificial pode impulsionar economia global, diz FMI

No entanto, o FMI destaca que os efeitos são incertos

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, mencionou que apesar das incertezas ainda persistirem em níveis elevados, há uma dose maior de confiança em relação às perspectivas econômicas. Ela acrescentou que a economia global pode receber um impulso significativo proveniente do avanço da inteligência artificial.

Durante sua fala no Oitavo Fórum Fiscal Árabe Anual em Dubai, Kristalina Georgieva observou que a economia global demonstrou uma notável resiliência e que o crescimento superou as expectativas em 2023. Ela expressou sua expectativa de que a inflação global diminua em 2024, porém ressaltou a importância de não se declarar vitória prematuramente.

As projeções de crescimento a médio prazo continuam modestas, em torno de 3%, em comparação com a média histórica de aproximadamente 3,8%, declarou Georgieva.

Georgieva destacou que a economia global pode ser impulsionada pelo desenvolvimento da inteligência artificial, mas ressaltou que cerca de 40% dos empregos estão expostos a essa tecnologia, cujos efeitos ainda são incertos. Ela também alertou que países sem infraestrutura e mão de obra qualificada para aproveitar a IA podem ficar ainda mais para trás.

Além disso, Georgieva afirmou que o FMI espera um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para o Oriente Médio e o Norte da África próximo de 2,9% em 2024, o que representa uma melhoria em relação ao desempenho do ano passado, mas está abaixo das projeções de outubro. Ela atribui essa perspectiva principalmente aos cortes temporários na produção de petróleo, ao conflito Gaza-Israel e às políticas monetárias restritivas, que ainda são necessárias.

Por fim, Georgieva ressaltou que a região árabe tem desempenhado um papel cada vez mais significativo em um mundo em constante evolução. “Numa época de desafios econômicos, de tensão geopolítica e de guerra, é muito importante plantarmos agora sementes – de crescimento e cooperação, de paz e prosperidade”, afirmou Georgieva, referindo-se ao provérbio árabe que diz “uma árvore começa com uma semente”.

China: economia deve perder força até 2028, diz FMI

O desempenho econômico da China em 2023 registrou um crescimento de aproximadamente 5%, alinhado às expectativas do país. Contudo, conforme um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado na sexta-feira (2), é previsto que a expansão econômica chinesa apresente uma desaceleração a partir de 2024, alcançando um aumento de 3,4% em 2028.

De acordo com as projeções do FMI, o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia asiática deve abrandar para 4,6% em 2024, comparado a uma estimativa de 5,4% do ano anterior. O relatório do FMI, elaborado após uma consulta anual com autoridades chinesas, destaca que questões no setor imobiliário chinês e uma demanda mais fraca por exportações impactarão o crescimento em 2023. Além disso, a médio prazo, o país enfrentará “ventos contrários de baixa produtividade e envelhecimento populacional”.

Durante a consulta, as medidas para auxiliar o setor imobiliário chinês a superar uma crise persistente e reduzir os riscos das dívidas dos governos locais foram o foco principal, conforme indicado por Sonali Jain-Chandra, chefe da missão do FMI na China. O economista ressaltou que essas ações são cruciais para impulsionar a atividade de curto prazo, restaurar a confiança e mitigar riscos.

O FMI alertou que a ausência de uma resposta política eficaz para os problemas no setor imobiliário, juntamente com quedas substanciais nos investimentos até 2025, poderiam resultar em um crescimento do PIB entre 1 e 0,8 ponto percentual mais baixo do que o previsto em 2024 e 2025, respectivamente. Isso poderia reduzir o crescimento chinês para uma faixa de 3%.

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